SISTEMA COVAX
 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou no domingo (30 /05) que "espera" receber em julho mais cinco milhões de doses de vacinas anticovid-19 através do mecanismo Covax, em meio a uma virulenta segunda onda da pandemia.



"O sistema Covax nos prometeu mais de 5 milhões de doses de vacinas para o mês de julho. Estamos à espera de que se cumpra o cronograma que tem sido falado com o sistema Covax", disse o presidente em declarações transmitidas pela TV estatal.


Maduro reiterou que "o dinheiro já está depositado" para "pagar as vacinas", referindo-se ao pagamento de 120 milhões de dólares para cinco milhões de pessoas através do mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca garantir vacinas contra a Covid-19 para países em desenvolvimento.


A Organização Pan-americana da Saúde (Opas), escritório das Américas da OMS, tinha antecipado em 12 de maio que a Venezuela poderia receber em junho vacinas da Johnson & Johnson através do mecanismo Covax, a depender da disponibilidade.


"Nós estamos buscando a (vacina) da Johnson & Johnson, a Janssen. Foi essa que pedimos ao sistema Covax", afirmou o presidente.


A vacina da Johnson & Johnson é aplicada em dose única e não exige refrigeração extrema.


A Venezuela, com 30 milhões de habitantes, enfrenta uma virulenta segunda onda da pandemia que superlotou os centros de saúde do país. Acumula cerca de 230.000 casos confirmados e 2.500 mortes, segundo cifras oficiais, questionadas por organizações como a Human Rights Watch por considerar que omitem uma elevada subnotificação.


No sábado, o país ampliou sua campanha de imunização com vistas a cumprir a meta de 22 milhões de vacinados até dezembro e alcançar a "imunidade de rebanho", disse na sexta-feira o ministro da Saúde, Carlos Alvarado.


Maduro também comemorou a chegada ao pais de 500.000 vacinas Sputnik-V, da Rússia, um de seus principais aliados comerciais, frente ao que chamou de segunda fase da vacinação, que inclui adultos idosos e pessoal de saúde.


A Venezuela recebeu até o momento as vacinas russas Sputnik V e as chinesas do laboratório Sinopharm, e participa de testes de outra candidata russa, a EpiVac Corona.