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Os líderes das 20 maiores economias do planeta iniciaram, neste sábado (30), em Roma, sua primeira cúpula presencial desde o surgimento do coronavírus, sob pressão por um forte sinal contra o aquecimento global às vésperas da COP26 em Glasgow.
"Temos uma oportunidade agora para tentar assumir alguns dos compromissos nebulosos de Paris, solidificá-los em compromissos fortes e rápidos para reduzir as emissões, carros e carvão", comentou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson à televisão ITW.
O clima protagoniza a agenda da cúpula do G20, mas os líderes quiseram homenagear os profissionais da saúde na linha de frente da crise da Covid-19, posando com alguns na tradicional foto de família.
Para a primeira cúpula presencial desde Osaka em 2019, os olhos também estão nos corredores do centro de congressos que hospeda o encontro, com encontros bilaterais entre líderes.
O argentino Alberto Fernández lançou assim uma ofensiva diplomática com os dirigentes da Alemanha, França, Espanha e União Europeia (UE), antes de se reunir à tarde com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em plena renegociação da sua dívida.
"Se ainda não concluímos um acordo [com o FMI] é porque não vamos nos ajoelhar", disse Fernández, que, junto com o brasileiro Jair Bolsonaro, são os únicos líderes da América Latina em Roma, na ausência do mexicano Andrés Manuel López Obrador.
AMLO não é o único. O presidente chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, participam por videoconferência do encontro com os líderes dos Estados Unidos, Europa e Índia, entre outros.
Para garantir a segurança e face às diversas manifestações convocadas para este sábado (sindicatos, extrema-esquerda, Fridays for Future), foram mobilizados 5 mil membros das forças da ordem e helicópteros e drones sobrevoam a capital italiana.
Aumentar a ambição climática?
No início da tarde, no centro da capital, milhares de pessoas participaram de uma marcha pelo clima para exigir maior ambição dos líderes das principais economias do planeta no combate às mudanças climáticas.
Apesar das expectativas, não são esperados grandes avanços nos temas do encontro, além da ratificação pelos líderes do pacto alcançado há semanas para a aplicação de um imposto corporativo mundial de 15% a partir de 2023.
Essa antiga iniciativa ganhou impulso com a chegada à Casa Branca de Joe Biden, que agradeceu a seus pares pelo apoio ao imposto.
Os líderes do Brasil, França e Coreia do Sul expressaram explicitamente seu apoio durante a cúpula, segundo fonte diplomática.
Sobre o clima, a discussão ainda está aberta.
"Existem dois debates paralelos: Devemos aumentar a nossa ambição comum ao nível do G20, reforçando os objetivos da neutralidade climática (...)? E quais são os objetivos concretos?", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comentou no caminho para o G20 que não vão impedir "a mudança climática, nem em Roma nem na reunião da COP" em Glasgow. "O máximo que podemos esperar é desacelerar o aumento" das temperaturas.
Em Paris, em 2015, a comunidade internacional se comprometeu a se esforçar para limitar o aquecimento global a +1,5°C em comparação com a era pré-industrial e, na Escócia, deve agora definir o cronograma de ações de médio prazo, como a redução das emissões de gases poluentes.
133 contra 4
Os efeitos devastadores do coronavírus também estarão no cardápio da reunião deste fim de semana em Roma, assim como a dívida dos países mais pobres, que exigem, por sua vez, que os países desenvolvidos parem de acumular as vacinas anticovid.
"Nos países de alta renda, 133 doses da vacina anticovid foram administradas para cada 100 pessoas, enquanto nos países de baixa renda 4 doses foram administradas para cada 100", denunciaram várias organizações da ONU na sexta-feira, incluindo a da Saúde (OMS).
No início de setembro, o mecanismo de financiamento internacional Covax, promovido pela OMS entre outros, revisou para baixo suas projeções de doses em 2021, para 1,4 bilhão. A meta inicial de 2 bilhões deve agora ser alcançada no primeiro trimestre de 2022.
Depois de uma prévia da sexta-feira marcada pela diplomacia do papa Francisco e do primeiro encontro presencial entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, após a crise dos submarinos, os encontros bilaterais continuam.
O pontífice argentino se encontrou pela primeira vez neste sábado com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que o convidou a visitar seu país, em um momento de crescente violência contra as minorias religiosas neste país de maioria hindu.
Os líderes das potências europeias que participaram do acordo nuclear com o Irã em 2015 - França, Reino Unido e Alemanha - devem tratar de sua reativação com Biden. No domingo, Macron e Johnson devem abordar a crise da pesca no Canal da Mancha.
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Os líderes das 20 maiores economias do planeta iniciaram, neste sábado (30), em Roma, sua primeira cúpula presencial desde o surgimento do coronavírus, sob pressão por um forte sinal contra o aquecimento global às vésperas da COP26 em Glasgow.
"Temos uma oportunidade agora para tentar assumir alguns dos compromissos nebulosos de Paris, solidificá-los em compromissos fortes e rápidos para reduzir as emissões, carros e carvão", comentou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson à televisão ITW.
O clima protagoniza a agenda da cúpula do G20, mas os líderes quiseram homenagear os profissionais da saúde na linha de frente da crise da Covid-19, posando com alguns na tradicional foto de família.
Para a primeira cúpula presencial desde Osaka em 2019, os olhos também estão nos corredores do centro de congressos que hospeda o encontro, com encontros bilaterais entre líderes.
O argentino Alberto Fernández lançou assim uma ofensiva diplomática com os dirigentes da Alemanha, França, Espanha e União Europeia (UE), antes de se reunir à tarde com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em plena renegociação da sua dívida.
"Se ainda não concluímos um acordo [com o FMI] é porque não vamos nos ajoelhar", disse Fernández, que, junto com o brasileiro Jair Bolsonaro, são os únicos líderes da América Latina em Roma, na ausência do mexicano Andrés Manuel López Obrador.
AMLO não é o único. O presidente chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, participam por videoconferência do encontro com os líderes dos Estados Unidos, Europa e Índia, entre outros.
Para garantir a segurança e face às diversas manifestações convocadas para este sábado (sindicatos, extrema-esquerda, Fridays for Future), foram mobilizados 5 mil membros das forças da ordem e helicópteros e drones sobrevoam a capital italiana.
Aumentar a ambição climática?
No início da tarde, no centro da capital, milhares de pessoas participaram de uma marcha pelo clima para exigir maior ambição dos líderes das principais economias do planeta no combate às mudanças climáticas.
Apesar das expectativas, não são esperados grandes avanços nos temas do encontro, além da ratificação pelos líderes do pacto alcançado há semanas para a aplicação de um imposto corporativo mundial de 15% a partir de 2023.
Essa antiga iniciativa ganhou impulso com a chegada à Casa Branca de Joe Biden, que agradeceu a seus pares pelo apoio ao imposto.
Os líderes do Brasil, França e Coreia do Sul expressaram explicitamente seu apoio durante a cúpula, segundo fonte diplomática.
Sobre o clima, a discussão ainda está aberta.
"Existem dois debates paralelos: Devemos aumentar a nossa ambição comum ao nível do G20, reforçando os objetivos da neutralidade climática (...)? E quais são os objetivos concretos?", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comentou no caminho para o G20 que não vão impedir "a mudança climática, nem em Roma nem na reunião da COP" em Glasgow. "O máximo que podemos esperar é desacelerar o aumento" das temperaturas.
Em Paris, em 2015, a comunidade internacional se comprometeu a se esforçar para limitar o aquecimento global a +1,5°C em comparação com a era pré-industrial e, na Escócia, deve agora definir o cronograma de ações de médio prazo, como a redução das emissões de gases poluentes.
133 contra 4
Os efeitos devastadores do coronavírus também estarão no cardápio da reunião deste fim de semana em Roma, assim como a dívida dos países mais pobres, que exigem, por sua vez, que os países desenvolvidos parem de acumular as vacinas anticovid.
"Nos países de alta renda, 133 doses da vacina anticovid foram administradas para cada 100 pessoas, enquanto nos países de baixa renda 4 doses foram administradas para cada 100", denunciaram várias organizações da ONU na sexta-feira, incluindo a da Saúde (OMS).
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