Mais de 10 mil edifícios residenciais estão submersos nas regiões russas dos Urais, do Volga e na Sibéria ocidental devido à elevação das águas do rio Ural, anunciaram hoje as autoridades, que estão retirando os habitantes das cidades afetadas.

"Um total de 10.400 edifícios residenciais foram inundados", declarou o Ministério das Situações de Emergência, que aguarda a subida das temperaturas para a neve derreter e o gelo dos rios se desfazer.

Por sua vez, o governador Denis Pasler informou que 10.168 casas continuam inundadas.

O número de pessoas retiradas da área inundada, devido ao tempo quente e ao degelo, é de 6.127, incluindo 1.478 crianças, conforme comunicado de Pasler.

Em Orsk, uma cidade com cerca de 200 mil habitantes, onde as autoridades descreveram a situação de domingo como "crítica", mais de 6.500 casas estão submersas.

As autoridades alertam que o pico das inundações ainda não foi ultrapassado e a normalização do nível das águas do rio Ural está prevista apenas para o final do mês.

Segundo estimativas preliminares, os prejuízos causados pelas inundações podem chegar a 21 mil milhões de rublos, mais de 212 milhões de euros.

As cheias do rio Ural resultaram na ruptura de uma barragem e na inundação da parte antiga da cidade, levando as autoridades a declarar o estado de emergência regional em 4 de abril.

Orsk é a segunda maior cidade da região de Orenburg, na fronteira com o Cazaquistão, onde as inundações foram descritas no sábado como a pior catástrofe natural dos últimos 80 anos.