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string(65) "Homem negro é absolvido após 43 anos preso injustamente nos EUA"
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string(3601) "Um homem negro de 62 anos foi absolvido e libertado nesta terça-feira (23/11) por um tribunal de justiça do estado de Missouri, nos Estados Unidos, após passar 43 anos atrás das grades por um erro judicial. Kevin Strickland foi preso em 1978 por triplo homicídio, após relato de uma única testemunha, que depois alegou ter sido pressionada por policiais para incriminá-lo. "Não pensei que esse dia chegaria", disse ele em êxtase com a liberdade.
Sentenciado em 1979 à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional por 50 anos e por um júri popular composto exclusivamente por brancos, ele foi acusado por um assassinato brutal, ocorrido no ano anterior em Kansas City.
No dia do crime, Strickland parou para conversar com quatro conhecidos do bairro em que moravam. Horas mais tarde, esses conhecidos mataram Larry Ingram, outro habitante da vizinhança, por conta de uma dívida de um jogo de dados. Eles também assassinaram dois amigos de Ingram que estavam na casa. Enquanto isso, Strickland estava em sua própria casa, jantando com familiares, falando ao telefone e cuidando da filha de sete semanas. Ele soube do crime pela TV.
A única sobrevivente da chacina, Cynthia Douglas, identificou Strickland como um dos quatro homens responsáveis pelo crime. Ela também tentou alterar o depoimento posteriormente, mas não teve sucesso, pois seria acusada de perjúrio.
Em entrevista à BBC, advogados do Midwest Innocence Project contaram que estavam "em êxtase" com a notícia, que trabalharam durante meses para ajudar a libertar Strickland. "Estávamos confiantes de que qualquer juiz que visse as evidências descobriria que Strickland é inocente e foi exatamente isso o que aconteceu", disse a diretora jurídica do projeto, Tricia Rojo Bushnell, em um comunicado.
Bushnell acrescentou também : "Nada vai lhe dar os 43 anos que ele perdeu e ele volta para casa para um estado que não vai pagar a ele um centavo pelo tempo que roubou dele. Isso não é justiça."
"Nessas circunstâncias únicas, a confiança da Corte na condenação de Strickland é tão abalada que não pode ser mantida, e o julgamento da condenação deve ser anulado", escreveu o juiz James Welsh na decisão de terça-feira.
Apesar de inocentado, o homem não receberá compensação pelo tempo preso injustamente. Segundo a lei do Missouri, é improvável que ele receba qualquer compensação financeira. O estado compensa apenas os prisioneiros exonerados por meio de evidências de DNA, não por causa do depoimento de testemunhas oculares, informou o Midwest Innocence Project.
Esse foi o mais longo encarceramento injusto da história do estado, de acordo com dados do Registro Nacional de Exonerações, que registra exonerações desde 1989. Esta também seria a sétima mais longa condenação injustificada reconhecida nos Estados Unidos.
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No dia do crime, Strickland parou para conversar com quatro conhecidos do bairro em que moravam. Horas mais tarde, esses conhecidos mataram Larry Ingram, outro habitante da vizinhança, por conta de uma dívida de um jogo de dados. Eles também assassinaram dois amigos de Ingram que estavam na casa. Enquanto isso, Strickland estava em sua própria casa, jantando com familiares, falando ao telefone e cuidando da filha de sete semanas. Ele soube do crime pela TV.
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Em entrevista à BBC, advogados do Midwest Innocence Project contaram que estavam "em êxtase" com a notícia, que trabalharam durante meses para ajudar a libertar Strickland. "Estávamos confiantes de que qualquer juiz que visse as evidências descobriria que Strickland é inocente e foi exatamente isso o que aconteceu", disse a diretora jurídica do projeto, Tricia Rojo Bushnell, em um comunicado.
Bushnell acrescentou também : "Nada vai lhe dar os 43 anos que ele perdeu e ele volta para casa para um estado que não vai pagar a ele um centavo pelo tempo que roubou dele. Isso não é justiça."
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Esse foi o mais longo encarceramento injusto da história do estado, de acordo com dados do Registro Nacional de Exonerações, que registra exonerações desde 1989. Esta também seria a sétima mais longa condenação injustificada reconhecida nos Estados Unidos.