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string(82) "Governo Trump impõe sanções à relatora da ONU que denunciou genocídio em Gaza"
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string(6173) "Brasil247 - O governo do presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (9) a aplicação de sanções contra a relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, que vem denunciando o genocídio palestino perpetrado por Israel.
"Hoje, estou impondo sanções à Relatora Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Francesca Albanese, por seus esforços ilegítimos e vergonhosos para solicitar uma ação do Tribunal Penal Internacional contra autoridades, empresas e executivos dos EUA e de Israel" afirmou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL.
"A campanha de guerra política e econômica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada", declarou o chefe da diplomacia norte-americana. "Sempre apoiaremos nossos parceiros em seu direito de autodefesa", acrescentou
A postura do governo dos EUA escalou nos últimos dias. Na semana anterior, a Casa Branca havia exigido a demissão imediata da relatora, acusando-a de “antissemitismo” em uma carta enviada à direção da ONU. Em um documento obtido pelo UOL, os americanos indicaram que poderiam adotar represálias institucionais caso a jurista italiana fosse mantida no cargo.
O episódio se soma a outras iniciativas de Trump contra órgãos internacionais que investigam aliados estratégicos de Washington. O próprio governo estadunidense já havia imposto sanções a magistrados e procuradores do Tribunal Penal Internacional que abriram procedimentos contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.
Na semana passada, Albanese apresentou novo informe ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, no qual denunciou o envolvimento de empresas privadas que estariam lucrando com a ofensiva israelense nos territórios de Gaza e da Cisjordânia. O governo de Israel boicotou a sessão, optando por não enviar representantes.
Em sua fala, a relatora classificou o regime israelense como “apartheid colonial” e afirmou que algumas corporações desempenham papel ativo “na campanha genocida em andamento em Gaza”. Segundo ela, “Israel é responsável por um dos genocídios mais cruéis da história moderna”, acusando o país de utilizar o massacre para “testar novas armas, vigilância personalizada, drones letais, sistemas de radar e outras tecnologias não tripuladas para exterminar um povo sem restrições”.
Albanese também criticou a gestão da ajuda humanitária por parte da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), estrutura criada por Israel e pelos EUA. Para ela, trata-se de “uma armadilha mortal projetada para matar de fome e forçar a fuga de uma população faminta, bombardeada e emaciada, marcada para ser eliminada”.
Diante do conteúdo do relatório e da repercussão internacional, o governo Trump intensificou seus ataques. Em nota oficial, a missão dos EUA afirmou que Albanese “intensificou seu padrão de anos de antissemitismo virulento e implacável preconceito anti-Israel”, e que teria enviado “correspondência ameaçadora” a dezenas de empresas, inclusive corporações norte-americanas, “com argumentos jurídicos profundamente falhos para apoiar acusações extremas e infundadas”.
Essas iniciativas, segundo o governo Trump, configurariam uma “campanha inaceitável de guerra política e econômica contra a economia americana e mundial”. Na carta endereçada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a Casa Branca solicita que a organização condene publicamente as ações de Albanese e defenda sua destituição do cargo. “A falta de tal ação até o momento permitiu que a Sra. Albanese prosseguisse com sua campanha de guerra econômica visando entidades em todo o mundo”, argumenta o texto.
Apesar das pressões, os Estados Unidos não conseguiram barrar a renovação do mandato da relatora no início do ano. Ainda assim, o governo Trump insiste em que ela age em “desrespeito ao código de conduta dos Relatores Especiais” e “traz desgraça às Nações Unidas”. Em tom agressivo, a nota do Departamento de Estado afirma que “a antissemitismo maligno e o apoio ao terrorismo da Sra. Albanese são condutas que a tornam inapta para atuar como Relatora Especial”.
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"Hoje, estou impondo sanções à Relatora Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Francesca Albanese, por seus esforços ilegítimos e vergonhosos para solicitar uma ação do Tribunal Penal Internacional contra autoridades, empresas e executivos dos EUA e de Israel" afirmou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL.
"A campanha de guerra política e econômica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada", declarou o chefe da diplomacia norte-americana. "Sempre apoiaremos nossos parceiros em seu direito de autodefesa", acrescentou
A postura do governo dos EUA escalou nos últimos dias. Na semana anterior, a Casa Branca havia exigido a demissão imediata da relatora, acusando-a de “antissemitismo” em uma carta enviada à direção da ONU. Em um documento obtido pelo UOL, os americanos indicaram que poderiam adotar represálias institucionais caso a jurista italiana fosse mantida no cargo.
O episódio se soma a outras iniciativas de Trump contra órgãos internacionais que investigam aliados estratégicos de Washington. O próprio governo estadunidense já havia imposto sanções a magistrados e procuradores do Tribunal Penal Internacional que abriram procedimentos contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.
Na semana passada, Albanese apresentou novo informe ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, no qual denunciou o envolvimento de empresas privadas que estariam lucrando com a ofensiva israelense nos territórios de Gaza e da Cisjordânia. O governo de Israel boicotou a sessão, optando por não enviar representantes.
Em sua fala, a relatora classificou o regime israelense como “apartheid colonial” e afirmou que algumas corporações desempenham papel ativo “na campanha genocida em andamento em Gaza”. Segundo ela, “Israel é responsável por um dos genocídios mais cruéis da história moderna”, acusando o país de utilizar o massacre para “testar novas armas, vigilância personalizada, drones letais, sistemas de radar e outras tecnologias não tripuladas para exterminar um povo sem restrições”.
Albanese também criticou a gestão da ajuda humanitária por parte da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), estrutura criada por Israel e pelos EUA. Para ela, trata-se de “uma armadilha mortal projetada para matar de fome e forçar a fuga de uma população faminta, bombardeada e emaciada, marcada para ser eliminada”.
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Essas iniciativas, segundo o governo Trump, configurariam uma “campanha inaceitável de guerra política e econômica contra a economia americana e mundial”. Na carta endereçada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a Casa Branca solicita que a organização condene publicamente as ações de Albanese e defenda sua destituição do cargo. “A falta de tal ação até o momento permitiu que a Sra. Albanese prosseguisse com sua campanha de guerra econômica visando entidades em todo o mundo”, argumenta o texto.
Apesar das pressões, os Estados Unidos não conseguiram barrar a renovação do mandato da relatora no início do ano. Ainda assim, o governo Trump insiste em que ela age em “desrespeito ao código de conduta dos Relatores Especiais” e “traz desgraça às Nações Unidas”. Em tom agressivo, a nota do Departamento de Estado afirma que “a antissemitismo maligno e o apoio ao terrorismo da Sra. Albanese são condutas que a tornam inapta para atuar como Relatora Especial”.