O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de 2016 no Brasil, saiu em defesa da ex-presidente golpista Jeanine Añez, que foi presa recentemente pelo crime de sedição. "Depois de uma crise social e política que se estendeu por um ano, a Bolívia teve nas eleições presidenciais de outubro de 2020 —um pleito limpo e cujo resultado foi reconhecido por todos os envolvidos no processo— uma chance de superar os fantasmas do passado", escreve o jornal em editorial.

"Tais esperanças, contudo, começaram a cair por terra com as prisões da ex-presidente Jeanine Añez e de outras autoridades do antigo governo interino do país, que levantaram a suspeita de uso da Justiça como instrumento de perseguição a adversários políticos", diz a Folha, que finge não ver que o Judiciário foi utilizado com fins políticos no Brasil – e não na Bolívia.