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#KuToo 職場でのヒール・パンプスの強制をなくしたい!
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Sua repercussão foi tal que o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, Takumi Nemoto, se pronunciou a respeito na quarta-feira, 5. “É necessário e apropriado” usar saltos no trabalho, respondeu quando perguntado por um membro da oposição durante uma reunião da comissão parlamentar, argumentando que embora a saúde e a segurança dos trabalhadores devam ser protegidas, as exigências de trabalho são muito variadas.
Esses comentários acontecem dois dias depois que Yumi Ishikawa ter feito chegar sua reivindicação ao Ministério. “Parece que os homens não entendem que usar saltos pode ser doloroso e causar lesões”, disse a protagonista à agência Reuters. Ishikawa, que posa sorridente usando tênis em jornais de todo o mundo, está esperançosa que tanto interesse incentive as mulheres japonesas a discutirem o assunto com seus chefes: “Tudo isso pode provocar esse tipo de conversa, acho que estamos indo no caminho certo”.
O ministro, encarregado de supervisionar as reformas trabalhistas do país, ainda não deu uma resposta definitiva: limitou-se a acrescentar que a petição estava sendo considerada e se recusou a fazer mais comentários.
A importância dos sapatos
A agitação causada pelo movimento #KuToo mostra que é uma questão transversal relacionada a várias áreas ao mesmo tempo. A primeira são as rígidas convenções que prevalecem na sociedade japonesa e, especialmente, na vida profissional. Isso inclui, como é lógico, a indumentária: é comum ver hordas de funcionários de escritório vestidos de maneira idêntica – camisa branca com terno, gravata e sapatos pretos – tomando as ruas no final da jornada de trabalho, embora para alguns essa hora às vezes nunca chegue. Muitas das lojas nas regiões financeiras vendem camisas e gravatas baratas para aqueles que não voltam para casa, seja por terem trabalhado a noite toda ou por terem afogado o estresse no álcool.
“As regras de etiqueta estão bem estabelecidas: os homens usam terno durante todo o ano e as mulheres usam saia e saltos”, diz Kathryn Tanaka, professora associada da Universidade de Otemae. “Isso poderia ser visto como um amplo movimento que afeta todos os trabalhadores”, acrescenta, “embora as mulheres sejam frequentemente submetidas a regras mais discriminatórias”.
Há também uma importante dimensão econômica em jogo. Diante da espiral deflacionária que mantém o mercado japonês preso há décadas, o Governo tentou colocar todas as fichas em sua aposta pela produtividade. Uma das frentes prioritárias foi conseguir a plena incorporação das mulheres ao mercado de trabalho. Na opinião de Tanaka, “o movimento #KuToo também está relacionado a isso. Muitas mulheres criticaram o Governo por não promover sua participação de maneira efetiva. Por essa razão, uma grande maioria entende esse assunto como uma maneira de facilitar sua vida profissional”.
O feminismo ainda tem muito a avançar no Japão. Na classificação de países em matéria de igualdade de gênero elaborada em 2018 pelo Fórum Econômico Mundial, o Japão ficou na 110ª posição em 149, atrás de países como Mauritânia, Índia ou Gana. “Colocar em prática um ativismo feminista no estilo dos Estados Unidos ou da Europa é um pouco mais complicado, as mulheres aqui ainda têm de enfrentar barreiras institucionais e sociais que em outros países já foram superadas há muito tempo”, conclui Tanaka. Yumi Ishikawa e o #KuToo convidam seu país a dar um passo, com sapatos baixos, nessa direção.
Campanha nas redes lançada por uma jovem de Tóquio destaca as rígidas regras de etiqueta no país
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Sua repercussão foi tal que o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, Takumi Nemoto, se pronunciou a respeito na quarta-feira, 5. “É necessário e apropriado” usar saltos no trabalho, respondeu quando perguntado por um membro da oposição durante uma reunião da comissão parlamentar, argumentando que embora a saúde e a segurança dos trabalhadores devam ser protegidas, as exigências de trabalho são muito variadas.
Esses comentários acontecem dois dias depois que Yumi Ishikawa ter feito chegar sua reivindicação ao Ministério. “Parece que os homens não entendem que usar saltos pode ser doloroso e causar lesões”, disse a protagonista à agência Reuters. Ishikawa, que posa sorridente usando tênis em jornais de todo o mundo, está esperançosa que tanto interesse incentive as mulheres japonesas a discutirem o assunto com seus chefes: “Tudo isso pode provocar esse tipo de conversa, acho que estamos indo no caminho certo”.
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A agitação causada pelo movimento #KuToo mostra que é uma questão transversal relacionada a várias áreas ao mesmo tempo. A primeira são as rígidas convenções que prevalecem na sociedade japonesa e, especialmente, na vida profissional. Isso inclui, como é lógico, a indumentária: é comum ver hordas de funcionários de escritório vestidos de maneira idêntica – camisa branca com terno, gravata e sapatos pretos – tomando as ruas no final da jornada de trabalho, embora para alguns essa hora às vezes nunca chegue. Muitas das lojas nas regiões financeiras vendem camisas e gravatas baratas para aqueles que não voltam para casa, seja por terem trabalhado a noite toda ou por terem afogado o estresse no álcool.
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