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string(79) "EUA buscam reaproximação, mas China resiste e vê esforços com desconfiança"
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Ainda assim, prossegue a resistência chinesa ao esforço de reaproximação, visto com desconfiança.
Nos dias seguintes, a mídia estatal ouviu, de especialistas e acadêmicos do país, que "a reunião abre uma janela para estabilizar as relações, mas, se essa tendência vai se firmar, isso depende dos Estados Unidos", segundo Li Haidong, da Universidade de Relações Internacionais da China, de Pequim.
"Dada a estratégia problemática de Washington para a China e a influência de sua política interna", afirmou Li, "será preciso esperar para ver se esse descongelamento pode realmente ser levado adiante".
Para Yang Xiyu, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da China, de Pequim, parte do Ministério das Relações Exteriores, "estabilizar as complicadas relações em meio a várias disputas se tornou urgente" para os dois lados, daí a utilidade do encontro Wang-Sullivan. Porém, "devido à arruinada credibilidade dos EUA, a opinião pública na China assumiu uma atitude questionadora de sua sinceridade".
Ele repisa uma crítica recorrente de Pequim, de que Washington não deu prosseguimento ao que Xi e Biden acertaram quando se encontraram da última vez, na cúpula do G20, em novembro passado, em Bali.
A cobrança de "sinceridade" de Washington foi o foco dos editoriais de veículos estatais voltados ao público internacional, como o jornal China Daily e a agência de notícias Xinhua. "A comunicação é necessária num momento em que as relações estão ficando cada vez mais precárias, em especial após" a derrubada do suposto balão espião chinês, sobre o território americano, em fevereiro, comentou a agência.
"No entanto, conversar por conversar fará pouco para remover os obstáculos", acrescentou a Xinhua, cobrando "passos concretos para demonstrar total sinceridade e cumprir as promessas".
É questionado o "jogo duplo" ou as "duas caras" dos EUA em relação a questões como Taiwan, chips e "agrupamentos no estilo Guerra Fria", blocos militares criados com países como Japão e Austrália.
Apesar do tom, também foram divulgadas avaliações positivas, como a de que os comunicados sobre o encontro de Wang e Sullivan, distribuídos por Pequim e Washington, mostram uma convergência incomum. Ambos enfatizaram que as conversas foram sinceras, substantivas e construtivas, usando as mesmas palavras, ainda que as declarações pouco detalhassem o que foi tratado.
Posteriormente, Pequim fez chegar ao Global Times, jornal também ligado ao Partido Comunista Chinês, que o encontro se estendeu por mais de dez horas e teria abordado de forma profunda assuntos como Taiwan e o esforço americano de "contenção" da economia chinesa. Quanto às ações concretas cobradas pelo governo chinês, algumas seriam específicas, como a retirada de sanções contra o ministro da Defesa, Li Shangfu, para aceitar um encontro com seu colega americano, Lloyd Austin, pedido por este.
Mas a expectativa maior é quanto à postura dos EUA na cúpula do G7, a partir da próxima sexta (19), em Hiroshima, no Japão. No encontro prévio dos ministros de finanças do grupo, que reúne nações desenvolvidas aliadas dos EUA -Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido-, a representação americana falou em condenar a "coação econômica", pela China, de países como Austrália e Lituânia.
Mas o comunicado dos ministros, no final do encontro, no sábado, evitou tocar no tema ou citar a China. Agora se anuncia que ele poderá retornar na declaração da própria cúpula, que teria um tópico voltado a Pequim, abrangendo respostas à "coação" e a limites ao investimento do grupo na economia chinesa.
Na mídia estatal, avalia-se que o esforço para condenar a China se deve mais ao Japão e menos aos EUA -que precisariam do país asiático ante questões internas como o risco de calote da dívida.
Nos EUA, a reunião entre Wang e Sullivan foi precedida de diversos vazamentos sobre divisões no governo americano em torno da reaproximação com a China e até de sua aceitação como mediadora de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Estariam em lados opostos, segundo o Wall Street Journal, o Conselho de Segurança Nacional, de Sullivan, e o Departamento de Estado, do secretário Antony Blinken, responsável pela diplomacia americana, este junto com a CIA de William Burns, também contrária à reaproximação.
Bloomberg e Reuters publicaram críticas anônimas, creditadas a autoridades do próprio governo, contra a suposta atitude "suplicante" de Washington diante de Pequim e o atraso no anúncio de novas sanções à chinesa Huawei, entre outras medidas de uma lista extensa de ações programadas contra a China.
Também estaria sendo adiado o relatório do FBI sobre o suposto balão espião, para evitar reacender a questão que levou ao afastamento da China. Horas depois de encerrado o encontro Wang-Sullivan, na quinta-feira, a CNN noticiou, também citando fontes anônimas, que Wendy Sherman, subsecretária de Estado responsável pela política para a China desde o início do governo Biden, estava deixando o cargo.
No dia seguinte, a saída foi confirmada por Blinken, mas como simples aposentadoria. Foi Sherman quem centralizou a dura resposta americana ao balão, em fevereiro, inclusive o contato com o governo chinês.
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Nos dias seguintes, a mídia estatal ouviu, de especialistas e acadêmicos do país, que "a reunião abre uma janela para estabilizar as relações, mas, se essa tendência vai se firmar, isso depende dos Estados Unidos", segundo Li Haidong, da Universidade de Relações Internacionais da China, de Pequim.
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Para Yang Xiyu, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da China, de Pequim, parte do Ministério das Relações Exteriores, "estabilizar as complicadas relações em meio a várias disputas se tornou urgente" para os dois lados, daí a utilidade do encontro Wang-Sullivan. Porém, "devido à arruinada credibilidade dos EUA, a opinião pública na China assumiu uma atitude questionadora de sua sinceridade".
Ele repisa uma crítica recorrente de Pequim, de que Washington não deu prosseguimento ao que Xi e Biden acertaram quando se encontraram da última vez, na cúpula do G20, em novembro passado, em Bali.
A cobrança de "sinceridade" de Washington foi o foco dos editoriais de veículos estatais voltados ao público internacional, como o jornal China Daily e a agência de notícias Xinhua. "A comunicação é necessária num momento em que as relações estão ficando cada vez mais precárias, em especial após" a derrubada do suposto balão espião chinês, sobre o território americano, em fevereiro, comentou a agência.
"No entanto, conversar por conversar fará pouco para remover os obstáculos", acrescentou a Xinhua, cobrando "passos concretos para demonstrar total sinceridade e cumprir as promessas".
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Apesar do tom, também foram divulgadas avaliações positivas, como a de que os comunicados sobre o encontro de Wang e Sullivan, distribuídos por Pequim e Washington, mostram uma convergência incomum. Ambos enfatizaram que as conversas foram sinceras, substantivas e construtivas, usando as mesmas palavras, ainda que as declarações pouco detalhassem o que foi tratado.
Posteriormente, Pequim fez chegar ao Global Times, jornal também ligado ao Partido Comunista Chinês, que o encontro se estendeu por mais de dez horas e teria abordado de forma profunda assuntos como Taiwan e o esforço americano de "contenção" da economia chinesa. Quanto às ações concretas cobradas pelo governo chinês, algumas seriam específicas, como a retirada de sanções contra o ministro da Defesa, Li Shangfu, para aceitar um encontro com seu colega americano, Lloyd Austin, pedido por este.
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Mas o comunicado dos ministros, no final do encontro, no sábado, evitou tocar no tema ou citar a China. Agora se anuncia que ele poderá retornar na declaração da própria cúpula, que teria um tópico voltado a Pequim, abrangendo respostas à "coação" e a limites ao investimento do grupo na economia chinesa.
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