Dezenas de pessoas, a maioria estudantes de escolas da área metropolitana de Washington, se manifestaram nesta segunda-feira (19) em frente à Casa Branca para pedir um maior controle de armas após o tiroteio da última quarta-feira em uma escola de ensino médio de Parkland, na Flórida, deixou 17 mortos.
Diferentes grupos de estudantes se revezaram deitando-se na Avenida Pensilvânia, bem em frente à Casa Branca, por três minutos cada, para simbolizar o pouco tempo que o autor do tiroteio da Flórida, Nikolas Cruz, demorou para comprar o fuzil semiautomático com o qual efetuou o massacre.
Ao ficarem imóveis no solo, os estudantes também queriam representar as vítimas dos vários tiroteios ocorridos em escolas ou centros educativos do país nos últimos anos.
"Queremos enviar uma mensagem aos políticos, dizer-lhes que têm que fazer algo perante isto, que é sua responsabilidade, porque eles dão voz ao povo e nós somos o povo", disse uma das organizadoras do protesto, Eleanor Nuechterlein, à emissora de televisão local "WUSA9".
Nuechterlein e uma colega do penúltimo ano de uma escola de ensino médio de Washington, Whitney Bowen, criaram um grupo no Facebook chamado "Adolescentes a favor de uma reforma das armas" depois do tiroteio da Flórida e começaram a planejar a manifestação.
Inicialmente, sua ideia era formar junto a alguns amigos um grupo de 17 pessoas, uma por cada vítima mortal do tiroteio na Flórida, e deitar-se em frente à Casa Branca para exigir ações do presidente americano, Donald Trump, e do Congresso.
Mas, após publicar a convocação no Facebook, cerca de 120 pessoas demonstraram interesse em ir, razão pela qual decidiram formar grupos para se deitar perante a residência presidencial americana.
Os estudantes que organizaram o protesto desta segunda planejam comparecer também a uma manifestação, prevista para 24 de março em Washington e organizada por alunos da escola onde aconteceu o tiroteio na Flórida, a fim de pedir um maior controle de armas.
Trump não estava no momento do protesto na Casa Branca. O presidente está em seu clube privado de Mar-a-Lago, passando o final de semana prolongado por conta de um feriado nesta segunda.
O presidente deu nesta segunda, no entanto, um pequeno passo para um possível reforço do controle de armas nos Estados Unidos, ao divulgar que respalda um projeto de lei que tentaria melhorar a eficácia de uma base de dados nacionais sobre antecedentes criminais, para impedir que as pessoas ali incluídas possam comprar armas.