Em discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira (21) que a pandemia do coronavírus será vencida com a ciência e não com armas diante das guerras em nível mundial principalmente no Afeganistão, com a retirada das tropas das americanos anunciados pelo mandatário em abril. 

"O poder militar tem que ser o último recurso e não o primeiro. Os principais problemas não se resolvem com armas. Para vencer a pandemia temos que usar a ciência e não armas. Precisamos construir um núcleo para combater novas pandemias", disse. 

Em seu discurso, Biden sinalizou que o negacionismo do ex-presidente americano Donald Trump é coisa do passado. "Estamos novamente nos fóruns internacionais, estamos novamente na Organização Mundial da Saúde e queremos ajudar cada vez mais a fazer a vacina (contra a Covid)".

O atual chefe da Casa Branca também falou sobre o aquecimento global e disse que trabalhará com o Congresso norte-americano para dobrar os recursos com o objetivo de ajudar países em desenvolvimento com a mudança climática. 

"Em abril, anunciei que os Estados Unidos dobrarão nosso financiamento público internacional para ajudar países em desenvolvimento no combate à crise climática. Hoje, estou orgulhoso em anunciar que trabalharemos com o Congresso para dobrar este número novamente, incluindo para esforços de adaptação, para tornar os Estados Unidos líderes no financiamento público sobre o clima", complementou.


Jair Bolsonaro


Em pronunciamento na ONU, Jair Bolsonaro passou mais um vexame e assumiu ter feito o "tratamento precoce" sem comprovação científica para Covid-19. De acordo com ele, é uma maneira de "incentivar a autonomia dos médicos na busca pelo tratamento precoce". 

Bolsonaro abriu seu discurso atacando a imprensa e o socialismo. "Venho mostrar um Brasil diferente do mostrado em jornais", disse. "O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição", continuou ele, dizendo que isso "é muito" porque "estávamos à beira do socialismo".