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A ex-presidente brasileira Dillma Rousseff assumiu nesta quinta-feira (13) o comando do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, em uma cerimônia em Xangai que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu primeiro evento oficial na China, Lula afirmou que a posse de posse de Dilma Rousseff "à frente de um banco global de tal envergadura é um fato extraordinário em um mundo ainda dominado pelos homens".

Ele também destacou a história da ex-presidente na luta contra a ditadura e afirmou que o novo cargo é uma "ferramenta de redução da desigualdade entre países ricos e emergentes".

O presidente do Brasil propôs o nome de Dilma Rousseff para o cargo depois da renúncia, em março, do diplomata brasileiro Marcos Troyjo, que assumiu o cargo em 2020 por designação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Rousseff, que assumiu o controle do banco no fim de março, completará o mandato restante da presidência rotativa que corresponde ao Brasil, até julho de 2025.

O banco de desenvolvimento multilateral dos BRICS - grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - foi criado em 2015, com a missão de financiar obras de infraestrutura e promover o desenvolvimento sustentável nestas e em outras economias emergentes.

Em seu discurso de posse, Dilma afirmou que a instituição está em "uma posição única para liderar o caminho" na direção a um mundo próspero e com desenvolvimento compartilhado.

A ex-presidente do Brasil também enumerou os "desafios significativos" aos quais as economias emergentes estão expostas, como a desigualdade persistente, a pobreza extrema, a infraestrutura inadequada ou a falta de acesso à educação e saúde.

Ao anunciar a designação em março, o NDB (na sigla em inglês) destacou que Dilma Rousseff "priorizou a luta contra a pobreza" durante seu mandato (2011-2016) e deu continuidade aos programas sociais, iniciados nos dois primeiros governos Lula (2003-2010), graças aos quais o Brasil conseguiu sair do mapa da fome da ONU.

Economista de formação e afilhada política de Lula, Dilma foi a primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil e foi eleita para um segundo mandato, interrompido em 2016 por sua destituição, acusada de maquiar contas públicas em um processo controverso no Congresso Nacional.

Este é o primeiro cargo com exposição pública que ela ocupa desde o processo de impeachment.