Duas crianças de 10 anos foram encontradas trabalhando em um restaurante da rede de fast food McDonald's em Louisville, estado norte-americano do Kentucky. Elas não recebiam salário e, por vezes, trabalhavam até as 2 horas da manhã, conforme revelado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos na terça-feira.

A investigação realizada pelo órgão governamental descobriu que três franquias da empresa, que detém mais de 60 estabelecimentos no Kentucky, Maryland e Ohio, "empregavam 305 crianças para trabalhar mais horas do que o permitido por lei e executar tarefas proibidas por lei para trabalhadores jovens", de acordo com o comunicado emitido.

A proprietária do franchise de Kentucky, a Bauer Foods LLC, alegou que as duas crianças de 10 anos eram filhos de um gerente noturno do restaurante que estavam visitando o local de trabalho do pai.

Já as outras duas franquias, de Maryland e Ohio, a Archways Richwood e a Bell Restaurants Group, não comentaram até o momento.

Tiffanie Boyd, vice-presidente sênior e diretora de recursos humanos do McDonald's nos Estados Unidos, afirmou em declarações à CNN que "esses relatórios são inaceitáveis, profundamente preocupantes e vão contra as altas expectativas que temos para a marca McDonald's", enfatizando que a empresa se compromete a garantir que seus restaurantes tenham "os recursos necessários para promover locais de trabalho seguros para todos os funcionários e manter o cumprimento de todas as leis trabalhistas".