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Conselho de Segurança da ONU deve votar proposta para trégua na Síria

22/02/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h31 por Admin


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Agência Brasil
Hoje em Dia

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pode votar hoje (22) proposta de resolução para decretar trégua de 30 dias na Síria, após os promotores da iniciativa terem dado o último passo nessa quarta-feira.

O Kuwait e a Suécia, responsáveis pelo dossiê humanitário sírio no conselho, consideram o texto fechado e pediram uma votação, "assim que possível", disseram fontes diplomáticas. O mais provável é que a votação ocorra nesta quinta-feira, embora ainda não tenha sido incluída na agenda oficial.

Se a votação não ocorrer hoje, deverá ser feita amanhã (23), segundo os prazos habituais com os quais opera o Conselho de Segurança.

O texto, que é negociado há dias, busca a suspensão das hostilidades em toda a Síria durante um mês e estabelece que, 48 horas após o seu início, seja permitido o acesso semanal de comboios humanitários da ONU a áreas necessitadas.

Dois dias depois, serão facilitadas as evacuações médicas de áreas às quais as Nações Unidas não têm acesso. A medida também exige a suspensão dos assédios sobre várias áreas, incluindo o enclave rebelde de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, que é alvo de dura ofensiva governamental.

A Rússia, pelo menos em um primeiro momento, se mostrou contrária a essa iniciativa ao considerar que era pouco realista e que os "terroristas" combatidos pelo regime de Damasco não respeitarão uma trégua. Moscou, o principal aliado do governo sírio na ONU, tem direito de veto no Conselho de Segurança.

Sem esperar a votação da resolução, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje a "suspensão imediata" das hostilidades em Ghouta Oriental, diante da "tragédia humana" que ocorre no local.

"Estou profundamente entristecido pelo sofrimento da população civil em Ghouta Oriental, 400 mil pessoas vivem o inferno na terra", disse Guterres ao Conselho de Segurança.

A Rússia pediu hoje que o Conselho realize uma sessão aberta para discutir a situação em Ghouta Oriental.