TRAGÉDIA

O arquipélago francês Mayotte ficou devastado pela passagem do ciclone Chido, sem que se saiba ainda ao certo o número de vítimas mortais. Foram confirmadas 14 mortes e o trabalho de resgate continua. A Cruz Vermelha diz que podem ter desaparecido mais de 200 voluntários.
 
Segundo o instituto meteorológico da França, as rajadas ultrapassaram 220 km/h, e é considerado o ciclone mais forte a atingir o território em mais de 90 anos.
 
O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, avaliou que o número de mortes provocadas pela tempestade será muito elevado. As primeiras estimativas apontam para  mil vítimas. No entanto, Darmanin alertou que a quantidade de imigrantes sem documentos na ilha pode fazer disparar o número de mortos.
 
O presidente francês, Emanuel Macron, viajará nos próximos dias a Mayotte e anunciou  luto nacional devido a dimensão da catástrofe.
 
Já as autoridades locais também decretaram toque de recolher obrigatório noturno para evitar pilhagens.
 
Em Moçambique sobe o número de mortos 
 
De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), o ciclone Chido que passou também pelas cidades de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte de Moçambique, já contabiliza 34 mortos e 320 feridos. 
 
A tempestade tropical, que teve ventos na região de até 260 quilômetros por hora e chuvas muito fortes acima de 250 milímetros, afetou mais de 170 mil pessoas, deixaram mais de 11 mil casas parcialmente danificadas e 23.598 totalmente destruídas, inclusive 34 unidades de saúde e nove escolas. 
 
Moçambique é considerado um dos países mais vulneráveis e severamente atingidos pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.