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string(7484) "Argentinos e uruguaios vão às urnas neste domingo (27) para as eleições presidenciais que podem alterar a correlação de forças na América Latina, onde a Bolívia acaba de delegar o quarto mandato consecutivo a Evo Morales e o Chile vive uma onda crescente de manifestações populares contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera. Nos dois casos, segundo pesquisas de intenção de voto, os candidatos de centro-esquerda estão mais bem colocados. A reportagem é do portal Brasil de Fato.
Na Argentina, a eleição pode ser decidida em primeiro turno, com previsão de vitória da chapa formada por Alberto Fernández e sua vice, a ex-presidenta Cristina Kirchner. O atual presidente do país, Mauricio Macri, aparece em segundo nas intenções de voto.
Já no Uruguai, o candidato da Frente Ampla, Daniel Martínez, deve ser o mais bem colocado. Levantamentos, no entanto, apontam dificuldades para o postulante ao cargo mais alto do país em um eventual segundo turno.
Confira alguns pontos para entender as eleições que ocorrem neste fim de semana.
Argentina
As principais pesquisas de intenção de voto mostram uma ampla vantagem da chapa Frente de Todos, composta por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, com relação ao governista Juntos Pela Mudança, aliança encabeçada por Mauricio Macri, que tem Miguel Pichetto como vice.
Segundo um levantamento feito pela Consultoria Gustavo Córdoba e encomendado pelo jornal argentino Página/12, o Frente de Todos tem 54,5% das intenções de voto. Já a chapa de Macri aparece com 31,8%. Em terceiro lugar aparece o ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, com 6,1%.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Atlas Político também aponta uma grande vantagem da chapa de Alberto Fernández. Segundo o estudo, o Frente de Todos conquistará 46,1% dos votos, enquanto o Juntos Pela Mudança terá 36,8%.
De acordo com o sistema eleitoral argentino, vence a corrida no primeiro turno quem conquistar 45% dos votos ou 40%, caso haja uma diferença de ao menos 10% com relação ao segundo colocado. Deste modo, os dois levantamentos apontam uma vitória da centro-esquerda já em primeiro turno.
As pesquisas confirmam uma tendência de crescimento que já é observada desde 11 de agosto, data em que ocorreram as primárias argentinas. Na ocasião, Fernández e Kirchner conquistaram 47% dos votos, contra 32% de Macri e Pichetto.
Temas dominantes
As discussões em torno da economia argentina dominaram a corrida eleitoral. Isso porque o país passa por sua maior crise desde que declarou moratória às vésperas do Natal de 2001.
O próximo mandatário terá que lidar com a crescente desvalorização da moeda nacional frente ao dólar e com uma inflação que fechou 2018 em 47,6%, o maior índice dos últimos 27 anos. O endividamento público do país também é um problema, tendo a Argentina inclusive recorrido a um empréstimo de US$ 57,1 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional.
A legalização do aborto é outro tema que dominou os debates. Em 2018, a pauta paralisou o país. Na ocasião, tramitou um projeto de legalização que chegou a passar pela Câmara, mas foi rejeitado pelo Senado. A aprovação da lei foi amplamente defendida por Kirchner.
Congresso
Além das eleições presidenciais, os argentinos irão renovar parcialmente a composição do Congresso, casa em que os governistas não contam com maioria. O pleito irá preencher 130 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 no Senado.
Também estão programadas eleições provinciais em Buenos Aires, Catamarca e La Rioja, além de disputas para eleger prefeito e legisladores locais da capital do país.
Uruguai
Se na Argentina o cenário indica uma vitória fácil da centro-esquerda, o mesmo não acontece no Uruguai. Isso porque embora a Frente Ampla, coligação que governa o país desde 2005, tenha vantagem no primeiro turno, poderá encontrar um cenário polarizado na segunda fase do pleito.
Diferentes pesquisas de intenção de voto apontam que a Frente Ampla, formada por Daniel Martínez e sua vice, Graciela Villar, irá conquistar entre 41% e 33% dos votos. Já o Partido Nacional, representado pelo candidato de direita Luis Lacalle Pou e sua vice, Beatriz Argimón, conquistará entre 27% e 22%. Na sequência aparece o Partido Colorado, que terá entre 16% e 10% dos votos.
A partir daqui começam as dificuldades. Segundo analistas, para vencer, Martínez deverá tentar obter uma boa quantidade de votos no primeiro turno – ao menos 40% – , uma vez que não será fácil conseguir somar forças com outros partidos em um eventual segundo turno. Lacalle, por outro lado, teria que formar um governo de coalizão com o Partido Colorado, algo que já ocorreu no passado.
Diferentemente da Argentina, as presidenciais do Uruguai são mais parecidas com as que ocorrem no Brasil: para ser eleito, o candidato precisa conquistar 50% mais um para vencer a disputa. Se ninguém conseguir, então o pleito irá para o segundo turno.
O candidato que assumir o cargo de Tabaré Vázquez terá pela frente o desafio de minar o aumento da violência no país, que em 2018 registrou um crescimento alarmante em comparação com o ano anterior: 45%, segundo estimativas. No entanto, o país registrou sucessivos índices de crescimento macroeconômico nos últimos 15 anos.
Colômbia
Para arrematar, eleições regionais também ocorrerão no mesmo dia na Colômbia. O pleito irá eleger os governadores dos 32 estados, deputados, prefeitos para 1.101 municípios, e vereadores.
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Na Argentina, a eleição pode ser decidida em primeiro turno, com previsão de vitória da chapa formada por Alberto Fernández e sua vice, a ex-presidenta Cristina Kirchner. O atual presidente do país, Mauricio Macri, aparece em segundo nas intenções de voto.
Já no Uruguai, o candidato da Frente Ampla, Daniel Martínez, deve ser o mais bem colocado. Levantamentos, no entanto, apontam dificuldades para o postulante ao cargo mais alto do país em um eventual segundo turno.
Confira alguns pontos para entender as eleições que ocorrem neste fim de semana.
Argentina
As principais pesquisas de intenção de voto mostram uma ampla vantagem da chapa Frente de Todos, composta por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, com relação ao governista Juntos Pela Mudança, aliança encabeçada por Mauricio Macri, que tem Miguel Pichetto como vice.
Segundo um levantamento feito pela Consultoria Gustavo Córdoba e encomendado pelo jornal argentino Página/12, o Frente de Todos tem 54,5% das intenções de voto. Já a chapa de Macri aparece com 31,8%. Em terceiro lugar aparece o ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, com 6,1%.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Atlas Político também aponta uma grande vantagem da chapa de Alberto Fernández. Segundo o estudo, o Frente de Todos conquistará 46,1% dos votos, enquanto o Juntos Pela Mudança terá 36,8%.
De acordo com o sistema eleitoral argentino, vence a corrida no primeiro turno quem conquistar 45% dos votos ou 40%, caso haja uma diferença de ao menos 10% com relação ao segundo colocado. Deste modo, os dois levantamentos apontam uma vitória da centro-esquerda já em primeiro turno.
As pesquisas confirmam uma tendência de crescimento que já é observada desde 11 de agosto, data em que ocorreram as primárias argentinas. Na ocasião, Fernández e Kirchner conquistaram 47% dos votos, contra 32% de Macri e Pichetto.
Temas dominantes
As discussões em torno da economia argentina dominaram a corrida eleitoral. Isso porque o país passa por sua maior crise desde que declarou moratória às vésperas do Natal de 2001.
O próximo mandatário terá que lidar com a crescente desvalorização da moeda nacional frente ao dólar e com uma inflação que fechou 2018 em 47,6%, o maior índice dos últimos 27 anos. O endividamento público do país também é um problema, tendo a Argentina inclusive recorrido a um empréstimo de US$ 57,1 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional.
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Congresso
Além das eleições presidenciais, os argentinos irão renovar parcialmente a composição do Congresso, casa em que os governistas não contam com maioria. O pleito irá preencher 130 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 no Senado.
Também estão programadas eleições provinciais em Buenos Aires, Catamarca e La Rioja, além de disputas para eleger prefeito e legisladores locais da capital do país.
Uruguai
Se na Argentina o cenário indica uma vitória fácil da centro-esquerda, o mesmo não acontece no Uruguai. Isso porque embora a Frente Ampla, coligação que governa o país desde 2005, tenha vantagem no primeiro turno, poderá encontrar um cenário polarizado na segunda fase do pleito.
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Diferentemente da Argentina, as presidenciais do Uruguai são mais parecidas com as que ocorrem no Brasil: para ser eleito, o candidato precisa conquistar 50% mais um para vencer a disputa. Se ninguém conseguir, então o pleito irá para o segundo turno.
O candidato que assumir o cargo de Tabaré Vázquez terá pela frente o desafio de minar o aumento da violência no país, que em 2018 registrou um crescimento alarmante em comparação com o ano anterior: 45%, segundo estimativas. No entanto, o país registrou sucessivos índices de crescimento macroeconômico nos últimos 15 anos.
Colômbia
Para arrematar, eleições regionais também ocorrerão no mesmo dia na Colômbia. O pleito irá eleger os governadores dos 32 estados, deputados, prefeitos para 1.101 municípios, e vereadores.