Durante a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que a humanidade está “cavando a sua própria cova”.


Nesta segunda-feira (1º/11), o chefe da ONU cobrou comprometimento de líderes mundiais para a redução de gases do efeito estufa.

Segundo Guterres, os últimos seis anos foram os mais quentes já registrados e o “vício por combustíveis fósseis” está empurrando a humanidade para a beira do abismo. “Estamos no caminho para um desastre climático”, frisou.

“Chega de tratar a natureza como toalete, chega de nos matar com carbono”, afirmou o chefe das Nações Unidas em Glasgow.
Ele lembrou que o aumento do nível do mar já dobrou nos últimos 30 anos, que os oceanos estão mais quentes do que nunca e que áreas da Floresta Amazônica já emitem mais carbono do que absorvem.


Guterres destacou que o último levantamento sobre as Contribuições Nacionalmente Determinadas mostra que as propostas dos governos poderão levar o mundo a um aumento “calamitoso” da temperatura para 2,7 °C.


Durante o discurso na cúpula climática em Glasgow, o chefe da ONU lembrou que os líderes mundiais sabem o que fazer e que a principal meta deve ser manter o aquecimento global a 1,5° Celsius acima dos níveis da era pré-industrial.
 
O secretário-geral das Nações Unidas terminou seu discurso de abertura na COP26 afirmando que as “sirenes estão tocando, o planeta está nos dizendo algo, as pessoas também”.

Segundo António Guterres, a “ação climática está no topo da lista de preocupações” da população no geral e por isso, ele fez um apelo aos líderes mundiais para que escolham “ambição, solidariedade e escolham proteger nosso futuro e salvar a humanidade.”