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A Amazônia encontra-se em "alerta vermelho" porque 26% de seu ecossistema foi destruído irreversivelmente pelo desmatamento, contaminação e o tráfico de drogas, alertaram nesta terça-feira (6) líderes indígenas reunidos em Lima.
"Para nós, anunciar que a Amazônia está contaminada e destruída em 26% é um alarme muito grande", disse à AFP o venezuelano Gregorio Mirabal, líder da Coordenadoria de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica).
"É um alerta vermelho que nos diz que, se não fizermos algo agora, não atingiremos as metas de desenvolvimento de 2030 ou alcançaremos os grandes acordos da COP de Glasgow (Escócia) no ano passado e (da próxima) no Egito", disse Mirabal, 54, que usa uma coroa de penas vermelhas e amarelas.
Reunidos na V Cúpula dos Povos Indígenas, lideranças amazônicas e pesquisadores de nove países apresentaram um relatório que mostra que a Amazônia está em um momento crucial devido aos altos índices de desmatamento e degradação que, somados, já chegam a 26% da região.
Os restantes 74% seguem em pé, mas requerem uma proteção imediata.
"Os governos disseram que vão salvar a Amazônia, mas com esses números não estão cumprindo o prometido. Estamos ultrapassando os limites para que a Amazônia chegue a um ponto sem volta", acrescentou o líder do povo Wakuenai Kurripaco.
"A temperatura subirá dois graus se continuarmos nesse ritmo de desmatamento", alegou.
De acordo com o líder, há 511 povos indígenas com cerca de 500 línguas diferentes, enquanto 200 povos isolados transitando pelas fronteiras dos países amazônicos.
"O pulmão do mundo está em perigo, por isso alertamos para salvar a Amazônia", declarou à AFP Zenaida Yasacama, vice-presidente da poderosa CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador).
"É graças à Amazônia que o mundo respira o ar puro. Os nove países estão sendo ameaçados pelo extrativismo, mineração e extração de madeira. Estamos passando por uma situação muito crítica", disse este líder do povo Kichwa de Pakayacu.
Outro grave problema abordado na cúpula é o assassinato dos defensores e líderes da Amazônia. Já são mais de 280 mortes nos diferentes países.
"Estamos chegando a um número gravíssimo. Estamos superando os 280 irmãos mortos na Amazônia", ressaltou Mirabal.
A Coica representa 3,5 milhões de indígenas amazônicos de nove países.
"A Amazônia está sofrendo porque estamos sendo invadidos por madeireiros, petroleiros e aqueles que atacam nossos territórios. Queremos gritar por socorro", disse à AFP a brasileira Marciely Tupari, coordenadora das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.
Os nove países amazônicos são Peru, Brasil, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
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"Para nós, anunciar que a Amazônia está contaminada e destruída em 26% é um alarme muito grande", disse à AFP o venezuelano Gregorio Mirabal, líder da Coordenadoria de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica).
"É um alerta vermelho que nos diz que, se não fizermos algo agora, não atingiremos as metas de desenvolvimento de 2030 ou alcançaremos os grandes acordos da COP de Glasgow (Escócia) no ano passado e (da próxima) no Egito", disse Mirabal, 54, que usa uma coroa de penas vermelhas e amarelas.
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De acordo com o líder, há 511 povos indígenas com cerca de 500 línguas diferentes, enquanto 200 povos isolados transitando pelas fronteiras dos países amazônicos.
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"É graças à Amazônia que o mundo respira o ar puro. Os nove países estão sendo ameaçados pelo extrativismo, mineração e extração de madeira. Estamos passando por uma situação muito crítica", disse este líder do povo Kichwa de Pakayacu.
Outro grave problema abordado na cúpula é o assassinato dos defensores e líderes da Amazônia. Já são mais de 280 mortes nos diferentes países.
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A Coica representa 3,5 milhões de indígenas amazônicos de nove países.
"A Amazônia está sofrendo porque estamos sendo invadidos por madeireiros, petroleiros e aqueles que atacam nossos territórios. Queremos gritar por socorro", disse à AFP a brasileira Marciely Tupari, coordenadora das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.
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