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Sete formações e os mesmos erros: um raio-x da frágil defesa do Atlético no Brasileirão

01/08/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h36 por Admin


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Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br

Em apenas três dos 16 jogos do Brasileirão, o torcedor do Atlético não puxou os cabelos para lamentar um gol sofrido. Em quarto lugar na competição nacional, o time do técnico Thiago Larghi adota o “faz e leva”, num esquema desequilibrado que marca muitos gols, mas tem a segunda pior defesa. Fantasma este que já assombrou campanhas recentes do clube na Era dos pontos corridos.

São 24 bolas nas redes, e um diagnóstico é visível no raio-x de cada uma das vezes que o goleiro Victor – outro com falhas acumuladas – foi buscar a bola no fundo do gol. Metade das vezes em que foi vazado, o Galo pecou na bola aérea. Foi assim no empate em 2 a 2 com Bahia, anteontem.

O time alcançou a marca dos 30 gols feitos na Série A, superando o líder Flamengo, com uma média de 1,87 por jogo. Em contrapartida, chegou a sofrer três gols da Chapecoense, um dos ataques mais modestos do torneio (16 gols).

Figura de destaque diante do Paraná numa das poucas vitórias do Galo sem ser vazado no campeonato, o camisa 1 já havia saído errado no lance fatal da derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, num jogo em que o Atlético cometeu quatro pecados capitais: gols em bola parada, erro individual (Juninho), bola aérea e nos acréscimos.Na Fonte Nova, o Alvinegro sofreu o primeiro empate num gol impedido de Gilberto. Porém, tudo começou com um erro individual de Elias – tentou driblar no campo de defesa, algo que Patric também já havia feito antes. O centroavante chutou seco e pegou Victor adiantado.

Na Bahia, os minutos finais voltaram a castigar o Galo – também já no apagar das luzes, Ricardo Oliveira havia feito o que seria o gol da vitória. Recortando o tempo dos gols sofridos pelo Alvinegro no Brasileirão, sete dos 24 foram anotados pelos adversários restando dez minutos ou menos para o término do jogo ou do primeiro tempo. Vasco, São Paulo, Vasco, Flamengo, Fluminense, Chapecoense e Bahia se aproveitaram do “cochilo”, e só o Tricolor carioca não conseguiu impedir a vitória atleticana.

“Temos que corrigir falhas ali, pela questão do segundo gol”, admitiu Thiago Larghi ao comentar o empate amargo em Salvador, originado numa cobrança de lateral na direção da área do Galo, mal cortada pelo lateral Patric (que já havia falhado individualmente contra São Paulo e Fluminense) e completada pelo meia-atacante Régis, livre da marcação dos meio-campistas alvinegros.

Defesa Atlético

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RODÍZIO

Os zagueiros também estão individualmente em xeque. Diante do Bahia, Iago Maidana e Gabriel sofreram especialmente nas bolas aéreas. Chamava a atenção a marcação de Zé Welison (1,77m) sobre Tiago Pagnussat (1,91m), com Maidana (1,96m) longe do embate.

O defensor, que chegou a cometer um pênalti não marcado – seria o quarto do Galo na Série A – integrou duas das sete formações de defesa que o Galo já colocou em campo.

Na linha de quatro jogadores (zagueiros e laterais), Maidana fez dupla com Léo Silva e Gabriel, parceiros do já vendido Bremer em ocasiões anteriores.

Os centrais tiveram a proteção de Patric e Emerson na lateral direita e de Fábio Santos e Juninho (também utilizado na zaga) na esquerda. Formações diferentes, e sempre o mesmo resultado: insegurança.

“Tomamos alguns gols, mas acho que a gente tem que pensar no trabalho e precisamos de fato evoluir. Não vamos esconder que a gente precisa tomar menos gols”, declarou Patric, em entrevista ao portal Globoesporte.com em tom de descontentamento com as críticas da torcida.

Se a defesa está contestada, será preciso ir ao mercado. Durante a Copa, foram contratados sete reforços, e nenhum zagueiro capaz de aliviar a pressão.