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Promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi rejeita um possível revezamento com o Rio para sediar as provas de Fórmula 1 no País, como proposto pelo governador fluminense, Wilson Witzel.
Para Tamas, é inviável do ponto de vista logístico dividir o GP do Brasil entre São Paulo e Rio. "Teria de ter duas infraestruturas caríssimas, duas equipes fixas, uma em cada cidade", afirma ao Estado o promotor mais antigo da F-1. Ele argumenta que o "know-how" desenvolvido pela cidade paulista não pode ser transplantado para o Rio. "São anos de treinamento da polícia, da Prefeitura, do corpo médico envolvido no GP. Além disso, os principais fornecedores do País para eventos deste porte estão em São Paulo."
O revezamento entre cidades é algo incomum, mas já aconteceu na história da Fórmula 1. Na Alemanha, as cidades de Hockenheim e Nürburg se alternaram como sede do GP nacional entre 2008 e 2014.
Tamas já organizou o GP de Portugal e o da Hungria, além da própria corrida brasileira no Rio, na década de 80. Ele revela que avaliou a possibilidade de voltar para a capital fluminense há sete anos, quando recebeu um convite do então prefeito Eduardo Paes. A ideia já era erguer um autódromo em Deodoro, como pretendem novamente as autoridades cariocas.
Na época, o departamento de engenharia do GP brasileiro chegou à conclusão de que seria muito caro transformar o terreno em Deodoro em um circuito. Os obstáculos, na avaliação técnica, seriam o acesso, a falta de estrutura e a topografia do lugar, além das eventuais questões ambientais envolvidas. "Seria praticamente inviável fazer um autódromo lá", diz Tamas.
Ele também ressalta a complexidade de se organizar um GP de F-1: "Faço isso há 35 anos e ainda estou aprendendo. Temos 9 mil pessoas trabalhando no autódromo no fim de semana da corrida, sendo 300 pessoas envolvidas com a corrida ao longo do ano. É de uma complexidade incrível".
São Paulo tem contrato para receber o GP do Brasil até 2020 e discute com os organizadores da principal categoria de automobilismo do mundo a ampliação desse acordo. Já o Rio, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, tem o projeto de construir um novo autódromo ao custo de R$ 697 milhões e levar a Fórmula 1 para a cidade.
"Temos uma nova reunião com a direção da Fórmula 1 neste mês. Vamos conversar com o diretor financeiro e também com o Chase Carey (chefão da categoria)", revelou Tamas. Ele acredita que o futuro do GP será definido até o fim de agosto.
No centro da disputa entre São Paulo e Rio para receber a Fórmula 1 a partir de 2021 está a "promoter fee", uma taxa que cada GP precisa desembolsar anualmente para receber a badalada categoria. O valor varia de US$ 20 milhões (R$ 76 milhões) a US$ 40 milhões (R$ 152 milhões). São Paulo é isenta dessa taxa. Já a proposta carioca à direção da F-1 incluiria o pagamento desse valor.
A corrida brasileira é uma das três do calendário que não desembolsa a taxa, como ocorre com Inglaterra e Alemanha. A prova de Mônaco conta com um desconto.
Tamas alega que as receitas de um GP são suficientes somente para pagar o evento, mas não para bancar a taxa. Em São Paulo, Prefeitura e governo estadual ajudam indiretamente, oferecendo infraestrutura e segurança à organização.
A injeção de dinheiro estatal nos outros países se justifica pelo interesse econômico e até geopolítico que desperta a F-1. É uma forma de divulgar a cidade para atrair turistas e investidores. No caso de São Paulo, por exemplo, o GP do ano passado movimentou R$ 334 milhões na economia local, beneficiando diferentes setores. Para a Prefeitura, isso justifica o apoio indireto à corrida.
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Para Tamas, é inviável do ponto de vista logístico dividir o GP do Brasil entre São Paulo e Rio. "Teria de ter duas infraestruturas caríssimas, duas equipes fixas, uma em cada cidade", afirma ao Estado o promotor mais antigo da F-1. Ele argumenta que o "know-how" desenvolvido pela cidade paulista não pode ser transplantado para o Rio. "São anos de treinamento da polícia, da Prefeitura, do corpo médico envolvido no GP. Além disso, os principais fornecedores do País para eventos deste porte estão em São Paulo."
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Tamas já organizou o GP de Portugal e o da Hungria, além da própria corrida brasileira no Rio, na década de 80. Ele revela que avaliou a possibilidade de voltar para a capital fluminense há sete anos, quando recebeu um convite do então prefeito Eduardo Paes. A ideia já era erguer um autódromo em Deodoro, como pretendem novamente as autoridades cariocas.
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Ele também ressalta a complexidade de se organizar um GP de F-1: "Faço isso há 35 anos e ainda estou aprendendo. Temos 9 mil pessoas trabalhando no autódromo no fim de semana da corrida, sendo 300 pessoas envolvidas com a corrida ao longo do ano. É de uma complexidade incrível".
São Paulo tem contrato para receber o GP do Brasil até 2020 e discute com os organizadores da principal categoria de automobilismo do mundo a ampliação desse acordo. Já o Rio, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, tem o projeto de construir um novo autódromo ao custo de R$ 697 milhões e levar a Fórmula 1 para a cidade.
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No centro da disputa entre São Paulo e Rio para receber a Fórmula 1 a partir de 2021 está a "promoter fee", uma taxa que cada GP precisa desembolsar anualmente para receber a badalada categoria. O valor varia de US$ 20 milhões (R$ 76 milhões) a US$ 40 milhões (R$ 152 milhões). São Paulo é isenta dessa taxa. Já a proposta carioca à direção da F-1 incluiria o pagamento desse valor.
A corrida brasileira é uma das três do calendário que não desembolsa a taxa, como ocorre com Inglaterra e Alemanha. A prova de Mônaco conta com um desconto.
Tamas alega que as receitas de um GP são suficientes somente para pagar o evento, mas não para bancar a taxa. Em São Paulo, Prefeitura e governo estadual ajudam indiretamente, oferecendo infraestrutura e segurança à organização.
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