“Meu Deus, como é que pode. Hoje, temos dois cartões corporativos. Um, no compras, outro, na Toca II. Tinha três carros de diretoria. Quando ainda podia ir à sede administrativa, no Barro Preto, ia de Uber. Nem gasolina do Cruzeiro gastava”. Esta foi a reação do presidente José Dalai Rocha em relação aos gastos de quase R$ 14 mil de Wagner Pires de Sá com o cartão corporativo do Cruzeiro em viagem de férias ao Sul da Bahia, em janeiro do ano passado.

Os gastos com o cartão corporativo por Wagner Pires de Sá foram divulgados nesta quinta-feira (23) pelos portais Deus me Dibre, Superesportes e Uol.

Saulo Fróes, presidente do Núcleo Dirigente Transitório, revela que o grupo ainda não teve acesso a todos os dados dos cartões corporativos que eram usados por dirigentes do Cruzeiro, mas que análise inicial aponta para uma "farra"

Reação parecida teve o presidente do Núcleo Dirigente Transitório, Saulo Fróes: “sei que houve abuso nos cartões, mas por enquanto é mais especulação. As provas ainda estão sendo levantadas. Nós mesmo, do Conselho Gestor, não ficamos sabendo. Mas o que acontecia no Cruzeiro, a gente pressupõe que a farra era completa. Contas de restaurante de R$ 3, 4, 5 mil reais”.

Processos

Os gastos com o cartão corporativo pode ser mais um problema para Wagner Pires de Sá diante da Comissão de Ética do Conselho Deliberativo, que segundo revelou o Hoje em Dia, na última quarta-feira (22), enviou documento digital a ele pedindo explicações sobre a falta de pagamento de salários e direitos trabalhistas de jogadores, o que provocou a perda dos direitos econômicos de vários atletas, que acionaram o clube na Justiça do Trabalho.

O processo, segundo um integrante da Comissão de Ética, dependendo do resultado, pode decretar a expulsão do ex-presidente do Conselho Deliberativo.
A mesma situação vive o seu ex-primeiro vice, Hermínio Lemos, que também é cobrado pela falta de pagamento de salários e direitos trabalhistas de atletas.