Formato da competição força que apenas dois jogos definam o campeão, com sexto set podendo exigir mais coração do que pernas das atletas envolvidas

No próximo domingo, às 9h10, Dentil-Praia Clube e Sesc-RJ fazem o segundo e decisivo jogo da Superliga feminina em duelo com formato incomum e reprovado por muitos. A Superliga brasileira é a única de grande expressão no cenário internacional que adota o modelo de golden set para o momento mais importante. O formato de final em dois jogos faz com que, no duelo final, tenha-se a possibilidade de um jogo com seis sets, gerando um desgaste ainda maior das atletas.

Com a taça podendo ser decidida em um jogo bastante longo, o Praia Clube também foca em uma preparação física condizente com a chance de um jogo que exija além da técnica e da tática. "A demanda que pode surgir é uma preocupação. É algo que pode chegar até a ser exagerado para uma partida, mas estamos preparados para isso. Fizemos sets longos, partidas de 3 a 1 e 3 a 2 contra o Vôlei Nestlé nas semifinais e podemos enfrentar uma grande prova neste sentido", comenta o técnico Paulo Coco.

A ideia dos clubes, antes do campeonato começar, era a realização de final em três jogos, deixando para trás a decisão em encontro único. Inicialmente aprovada, a ideia acabou barrada pela emissora detentora dos direitos de transmissão, que não deu garantias para que as três partidas fossem televisionadas. A informação de final em três jogos chegou a ser confirmada, antes de alterada para apenas dois. Desta forma, a solução encontrada foi o golden set, que já havia aparecido no Campeonato Paulista.