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A Polícia Civil (PC) divulgou nota detalhando a etapa inicial da operação Primeiro Tempo, deflagrada nesta terça-feira e envolvendo dirigentes do Cruzeiro. No comunicado, a corporação informa que foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em instalações da agremiação e nas residências de pessoas ligadas ao clube. A PC esteve nos imóveis do presidente Wagner Pires de Sá, do vice de futebol, Itair Machado, e do diretor-geral, Sérgio Nonato.
Ainda de acordo com o boletim, a operação envolveu aproximadamente 100 policiais civis, entre delegados, investigadores, escrivães e peritos. Além de documentos, foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos "de interesse para a investigação". A Polícia Civil afirmou que a operação visa apurar a "prática de crimes, em tese, cometidos por dirigentes do Cruzeiro, havendo notícia da prática de falsificação de documentos, apropriação indébita e outros delitos" (leia nota na íntegra ao fim desta reportagem).
Os escândalos no Cruzeiro vieram à tona após matéria exibida no programa Fantástico, da TV Globo, em 26 de maio. À época, foram divulgadas irregularidades em transações e valores superfaturados pagos a empresas prestadoras de serviço. A PC já havia ouvido 15 pessoas que mantinham alguma relação com o clube, entre elas funcionários, ex-empregados, dirigentes e agentes esportivos.
A denúncia mais grave era sobre um empréstimo de R$ 2 milhõescontraído pelo Cruzeiro com Cristiano Richard dos Santos Machado, sócio de firmas que atuam na locação de veículos e de equipamentos de proteção. A residência do empresário também foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil.
Como forma de quitação do débito com Cristiano Richard, o clube, segundo inquérito da PC, incluiu parte dos direitos de jogadores do profissional, como Raniel (5%), Murilo (7%) - esses dois já foram vendidos pelo clube -, Cacá (20%), David (20%), e de outros que passaram pela base e foram negociados, casos de Gabriel Brazão (20%) e Vitinho (20%). O Cruzeiro ainda inseriu participação em futura venda do promissor Estevão William, de apenas 12 anos, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16.
Outras operações apuradas pela Polícia Civil são os aumentos substanciais nos salários de dirigentes - casos do vice-presidente de futebol Itair Machado e do diretor-geral Sérgio Nonato -, a contratação de conselheiros para prestação de serviços (pessoa física e pessoa jurídica) e o pagamento a torcidas organizadas.
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou fotos da operação Primeiro Tempo, que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, nas Tocas da Raposa I e II, na casa de dirigentes do clube e de empresários que têm negociações suspeitas com a atual gestão. Cerca de 100 policiais civis estiveram na operação.
Veja, na íntegra, a nota divulgada pela Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes (DEF) realizou, nesta data, operação policial “PRIMEIRO TEMPO” visando o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, tanto em instalações do Cruzeiro quanto em residências e empresas de pessoas ligadas ao clube.
Encontra-se em tramitação no DEF um Inquérito Policial que visa apurar a prática de crimes, em tese, cometidos por dirigentes do Cruzeiro, havendo notícia da prática de falsificação de documentos, apropriação indébita e outros delitos, sendo que a operação “PRIMEIRO TEMPO” pretende reunir nos autos mais elementos necessários à investigação policial.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram apreendidos diversos documentos, computadores, celulares e outros equipamentos de interesse para a investigação.
Participaram da operação aproximadamente 100 (cem) policiais civis, dentre delegados, investigadores e escrivães, lotados no Departamento de Meio Ambiente - Dema, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e peritos, do Instituto de Criminalística. 30 viaturas foram empenhadas.
Veja, na íntegra, a nota divulgada pelo Cruzeiro na manhã desta terça-feira
A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube vem a público manifestar seu apoio às apurações das denúncias feitas pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no dia 26 de maio passado.
O Clube informa que entregou às autoridades toda a documentação solicitada para a investigação.
Lamentamos apenas que este fato esteja acontecendo exatamente às vésperas de uma decisão importante na Copa do Brasil.
O Cruzeiro Esporte Clube informa que continuará à disposição das autoridades competentes para quaisquer tipos de outros esclarecimentos necessários.
Belo Horizonte, 9 de julho de 2019.
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Ainda de acordo com o boletim, a operação envolveu aproximadamente 100 policiais civis, entre delegados, investigadores, escrivães e peritos. Além de documentos, foram apreendidos computadores, celulares e outros equipamentos "de interesse para a investigação". A Polícia Civil afirmou que a operação visa apurar a "prática de crimes, em tese, cometidos por dirigentes do Cruzeiro, havendo notícia da prática de falsificação de documentos, apropriação indébita e outros delitos" (leia nota na íntegra ao fim desta reportagem).
Os escândalos no Cruzeiro vieram à tona após matéria exibida no programa Fantástico, da TV Globo, em 26 de maio. À época, foram divulgadas irregularidades em transações e valores superfaturados pagos a empresas prestadoras de serviço. A PC já havia ouvido 15 pessoas que mantinham alguma relação com o clube, entre elas funcionários, ex-empregados, dirigentes e agentes esportivos.
A denúncia mais grave era sobre um empréstimo de R$ 2 milhõescontraído pelo Cruzeiro com Cristiano Richard dos Santos Machado, sócio de firmas que atuam na locação de veículos e de equipamentos de proteção. A residência do empresário também foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil.
Como forma de quitação do débito com Cristiano Richard, o clube, segundo inquérito da PC, incluiu parte dos direitos de jogadores do profissional, como Raniel (5%), Murilo (7%) - esses dois já foram vendidos pelo clube -, Cacá (20%), David (20%), e de outros que passaram pela base e foram negociados, casos de Gabriel Brazão (20%) e Vitinho (20%). O Cruzeiro ainda inseriu participação em futura venda do promissor Estevão William, de apenas 12 anos, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16.
Outras operações apuradas pela Polícia Civil são os aumentos substanciais nos salários de dirigentes - casos do vice-presidente de futebol Itair Machado e do diretor-geral Sérgio Nonato -, a contratação de conselheiros para prestação de serviços (pessoa física e pessoa jurídica) e o pagamento a torcidas organizadas.
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou fotos da operação Primeiro Tempo, que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, nas Tocas da Raposa I e II, na casa de dirigentes do clube e de empresários que têm negociações suspeitas com a atual gestão. Cerca de 100 policiais civis estiveram na operação.
Veja, na íntegra, a nota divulgada pela Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes (DEF) realizou, nesta data, operação policial “PRIMEIRO TEMPO” visando o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, tanto em instalações do Cruzeiro quanto em residências e empresas de pessoas ligadas ao clube.
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Participaram da operação aproximadamente 100 (cem) policiais civis, dentre delegados, investigadores e escrivães, lotados no Departamento de Meio Ambiente - Dema, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e peritos, do Instituto de Criminalística. 30 viaturas foram empenhadas.
Veja, na íntegra, a nota divulgada pelo Cruzeiro na manhã desta terça-feira
A diretoria do Cruzeiro Esporte Clube vem a público manifestar seu apoio às apurações das denúncias feitas pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no dia 26 de maio passado.
O Clube informa que entregou às autoridades toda a documentação solicitada para a investigação.
Lamentamos apenas que este fato esteja acontecendo exatamente às vésperas de uma decisão importante na Copa do Brasil.
O Cruzeiro Esporte Clube informa que continuará à disposição das autoridades competentes para quaisquer tipos de outros esclarecimentos necessários.
Belo Horizonte, 9 de julho de 2019.