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Polêmico, VAR tem deixado série de dúvidas nos gramados do futebol brasileiro

03/04/2019 11h20 - Atualizado em 04/04/2019 11h31 por AE


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O início da utilização do árbitro de vídeo (VAR) nos Estaduais gerou polêmica e deixou dúvidas. Só no último fim de semana, a tecnologia cancelou a marcação de um pênalti a favor do Palmeiras contra o São Paulo, no Morumbi, além de ter anulado dois gols e determinado a expulsão de um jogador do Atlético, em Varginha.

Por isso, a reportagem avaliou as 67 páginas da cartilha de utilização do VAR produzida pelo Conselho da Federação Internacional de Futebol (Ifab, na sigla em inglês). O documento norteia a aplicação da tecnologia no futebol e, inclusive, serve para organizar as ações nos campeonatos disputados no Brasil.

Princípio do VAR
A Ifab recomenda que os árbitros sejam norteados não pela pergunta "A decisão estava correta?", mas sim pela questão: "A decisão estava claramente errada?"

Em quais ocasiões o VAR pode ser utilizado
Há quatro tipos de lances: se foi gol ou não, se houve pênalti, erro de identificação para aplicar um cartão e se a jogada foi ou não para vermelho direto.

Há tempo máximo de espera para analisar a decisão?
Não. "Acerto é mais importante do que velocidade", diz o texto.

Decisão final
Quem toma é o árbitro. Depende dele tanto a decisão para se iniciar a revisão do vídeo, como a escolha pelo lance depois de avaliado pelo vídeo e após as conversas com os assistentes.

Ocasiões em que pode ser consultado em relação ao pênalti 
Cobrança marcada de forma equivocada, infração não marcada, dúvida sobre se foi ou não dentro da área, falta de ataque antes do possível lance, saída de bola antes da ação duvidosa.

O árbitro é obrigado a se dirigir ao monitor localizado no gramado para analisar o lance?
Não. Ele pode apenas confiar na informação recebida pelo rádio. Um exemplo disso foi nas quartas de final entre São Paulo e Ituano, no Morumbi. O árbitro José Cláudio Rocha Filho ouviu dos auxiliares que não foi pênalti no são-paulino Everton Felipe e não assinalou a infração mesmo sem ter visto as imagens.

Principal dúvida que deve ser sanada na consulta
A cartilha trata de lances subjetivos e de interpretação. Como exemplos desse tipo de dúvida, o texto cita sanar questionamentos sobre o ponto de contato de faltas ou toque de mão, velocidade e intensidade de infrações ou determinar se a mão foi utilizada de forma deliberada.

Casos de falha do VAR durante o jogo
O jogo continuará normalmente. Os operadores do sistema terão de procurar soluções imediatas, enquanto o árbitro terá de ser avisado da situação e repassar essa informação aos times. Caso o problema seja resolvido durante a partida, os jogadores terão de ser novamente avisados sobre a correção da falha.

Lances após a bola ser recolocada em jogo
Assim que a bola for recolocada em jogo, não é possível consultar novamente o VAR ou tentar compensar a possível infração. A decisão com base na tecnologia é definitiva.

Divulgação das conversas do VAR
A regra determina que as conversas sejam gravadas para a segurança de quem trabalha no sistema, para a produção de material educativo e para se ter exemplos futuros para analisar. Quem estiver na sala não poderá portar o celular.