Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, foi ao pódio pela terceira vez nas Paralimpíadas de Paris após vencer a prova dos 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras), nesta segunda-feira, 2 de setembro. O jovem de 22 anos, nascido em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminou a prova com o tempo de 3min58s92, e garantiu o recorde das Américas. A prata ficou com Vladimir Danilenko, da Rússia que competiu com bandeira neutra, que garantiu o tempo de 4min14s16. O chileno Alberto Caroly Abarza Diaz completou o pódio (4min22s18).

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Com a vitória, Gabrielzinho se tornou bicampeão paralímpico dos 200m livre — marca que ele também detém nos 50m costas. Ao todo, o nadador nascido em Santa Luzia, soma seis medalhas em duas edições dos Jogos Paralímpicos. Ele também foi prata nos 100m costas em Tóquio 2020.

Em Paris, Gabrielzinho conquistou o ouro também nas provas dos 100m e dos 50m costas, também da classe S2. Além das medalhas, o mineiro quebrou o próprio recorde mundial na disputa dos 150m medley (S1, S2 e S3). Por se tratar de uma prova multiclasses, o nadador competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto.

Destaque natação nacional
No último ciclo palímpico, Gabrielzinho se destacou também em mundiais de natação, conquistando três medalhas do ouro no Mundial de Manchester 2023: nos 50m costas, 100m costas e nos 200m livre; e outras três medalhas douradas no Mundial da Ilha da Madeira 2022, nos 100m costas, 50m costas e 200m livre.

Cruzeirense apaixonado, Gabrielzinho tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. O atleta mantém uma forte conexão com a capital mineira, Belo Horizonte, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava em Santa Luzia, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).