A atual janela de transferências consolidou os dois novos ricos do futebol brasileiro. Flamengo e Palmeiras investiram juntos mais de R$ 180 milhões em contratações de reforços e já se destacam dos demais rivais no quesito financeiro. Nenhum outro clube gastou tanto em contratações ou se aproxima do poderio econômico da dupla.
Os dois times mais ricos do Brasil no momento concentram sozinhos cerca de 25% do valor de mercado de todos os elencos da Série A do Campeonato Brasileiro. Segundo dados do site Transfermarkt, especializado em transferências de jogadores, Palmeiras e Flamengo juntos valem R$ 814 milhões, ante R$ 3,2 bilhões de todo o campeonato.
Paulistas e cariocas apresentam o mesmo motivo para explicar como se transformaram em potências: profissionalização da gestão e a responsabilidade fiscal como soluções para superarem dívidas, aumentarem receitas e terem recursos para efetuar contratações de peso para a temporada 2019.
"O Flamengo apostou na austeridade, responsabilidade, administração profissional e paciência. Agora colhemos os frutos", disse ao Estado o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello. O dirigente que comandou o Flamengo de 2013 a 2018 disse ter encontrado no começo da gestão uma dívida de R$ 750 milhões e com parte das receitas penhoradas.
Assim como outras equipes, o Flamengo aderiu ao Profut, programa de refinanciamento das dívidas criado em 2015. O clube destinou 15% do faturamento para abater dívidas, procurou profissionalizar a gestão e deixou para trás a fama de mau pagador. "O futebol é cada dia mais complexo. É preciso ter profissionais em ação. Por mais que o Flamengo faça contratações ousadas, sempre paga em dia e honra seus compromissos", afirmou Bandeira.
Grande parte dos recursos para contratar vieram das vendas de duas grandes joias das categorias de base. Apenas as negociações por Vinicius Junior ao Real Madrid e de Lucas Paquetá, para o Milan, renderam mais de R$ 300 milhões para o cofre rubro-negro. Nesta janela, mais de R$ 108 milhões foram usados em contratações.
O Palmeiras tem se estabilizado como grande contratador do futebol brasileiro desde 2015. Naquele ano o clube passou a contar no caixa com o empréstimo do então presidente, Paulo Nobre, e mais a verba da Crefisa, responsável por injetar apenas nesta temporada mais de R$ 100 milhões, incluindo patrocínio, luvas e contribuições nos salários de jogadores.
"Quando eu cheguei ao clube (em 2015), o Palmeiras passava por uma reestruturação. O Palmeiras se modernizou e é agora totalmente profissional na sua gestão", disse Zé Roberto, que foi trazido como jogador e atualmente trabalha como assessor da diretoria do clube.
VANTAGEM - Para o sócio-diretor da Sports Value, Amir Somoggi, que analisa há 15 anos finanças dos clubes, Flamengo e Palmeiras estão com bastante vantagem em comparação a outros clubes. "O Flamengo é hoje o clube com o maior potencial financeiro do futebol brasileiro. Em quatro anos eles acumularam lucros de R$ 507 milhões e transformaram o patrimônio líquido de negativo para positivo", explicou.
Na opinião dele, o Palmeiras está no mesmo patamar que o Flamengo por ter sido eficiente em segmentos que amenizaram o fato de o clube não ter a mesma mídia e a quantidade de torcedores do time carioca. "O Palmeiras está em uma boa situação financeira por méritos próprios. Por mais que o patrocínio seja 30% do orçamento, o Allianz Parque também faz muita diferença", afirmou.
Mercado da bola consolida Flamengo e Palmeiras como os mais ricos do Brasil
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Paulistas e cariocas apresentam o mesmo motivo para explicar como se transformaram em potências: profissionalização da gestão e a responsabilidade fiscal como soluções para superarem dívidas, aumentarem receitas e terem recursos para efetuar contratações de peso para a temporada 2019.
"O Flamengo apostou na austeridade, responsabilidade, administração profissional e paciência. Agora colhemos os frutos", disse ao Estado o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello. O dirigente que comandou o Flamengo de 2013 a 2018 disse ter encontrado no começo da gestão uma dívida de R$ 750 milhões e com parte das receitas penhoradas.
Assim como outras equipes, o Flamengo aderiu ao Profut, programa de refinanciamento das dívidas criado em 2015. O clube destinou 15% do faturamento para abater dívidas, procurou profissionalizar a gestão e deixou para trás a fama de mau pagador. "O futebol é cada dia mais complexo. É preciso ter profissionais em ação. Por mais que o Flamengo faça contratações ousadas, sempre paga em dia e honra seus compromissos", afirmou Bandeira.
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O Palmeiras tem se estabilizado como grande contratador do futebol brasileiro desde 2015. Naquele ano o clube passou a contar no caixa com o empréstimo do então presidente, Paulo Nobre, e mais a verba da Crefisa, responsável por injetar apenas nesta temporada mais de R$ 100 milhões, incluindo patrocínio, luvas e contribuições nos salários de jogadores.
"Quando eu cheguei ao clube (em 2015), o Palmeiras passava por uma reestruturação. O Palmeiras se modernizou e é agora totalmente profissional na sua gestão", disse Zé Roberto, que foi trazido como jogador e atualmente trabalha como assessor da diretoria do clube.
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Na opinião dele, o Palmeiras está no mesmo patamar que o Flamengo por ter sido eficiente em segmentos que amenizaram o fato de o clube não ter a mesma mídia e a quantidade de torcedores do time carioca. "O Palmeiras está em uma boa situação financeira por méritos próprios. Por mais que o patrocínio seja 30% do orçamento, o Allianz Parque também faz muita diferença", afirmou.