Lembra daquele time raçudo que venceu o Flamengo, por 2 a 1, com um jogador a menos, no Independência? Era o mesmo que, apesar de eliminado na Copa do Brasil, saiu de campo aplaudido pela torcida, por conta da vontade exibida diante do arquirrival Cruzeiro! Ao que parece, não sobraram resquícios daquele Galo, nem em valentia, nem em técnica, muito menos em competência. O Atlético de hoje é um arremedo de equipe, que riscou a palavra “vitória” de seu dicionário há seis rodadas do Brasileirão.


A equipe comandada por Rodrigo Santana, cada vez mais perdido em seu cargo, transformou a derrota numa espécie de “fetiche”. Não bastasse ser derrotado, de forma consecutiva, para Athletico-PR, Bahia, Corinthians, Botafogo e os reservas do Internacional, o Galo perdeu para o então pior time do campeonato. Numa segunda-feira desastrosa, foi presa fácil do Avaí, agora vice-lanterna, por 1 a 0, na Ressacada. E olha que ficou barato.

Estacionado nos 27 pontos – mas despencando na classificação –, o Atlético não consegue sequer engatar a primeira marcha. Ao fim da 20ª rodada, os mineiros ocupam a décima colocação. Pressionado, o alvinegro entrará em campo nesta quinta-feira (26) precisando de um triunfo sobre o Colón para chegar à final da Sul-Americana, não apenas para tentar salvar o ano, como também fazer valer a alcunha de Vingador, algo que está no hino, mas não em campo há muito tempo.

Novo desastre

Uma mescla de ataque inoperante e defesa frágil se apoderou do Atlético, que utilizou apenas três titulares (Cleiton, Igor Rabello e Cazares), no primeiro tempo. Neste cenário nebuloso, deu a “lógica”, ou seja, a vitória parcial do Avaí. E poderia ter sido mais.

Depois que Jonathan abriu o placar, aos 26 minutos, aproveitando-se da lambança do sistema defensivo atleticano, o Leão desperdiçou uma penalidade, com Pedro Castro, aos 34 minutos. Mérito de Cleiton. Ele caiu no canto esquerdo para impedir um vexame maior.

Na segunda etapa, a postura mudou. Mas o placar não. É verdade que o Atlético melhorou de rendimento, embora não o suficiente para alcançar, no mínimo, um empate. Até quando, Galo?

AVAÍ 1 X 0 ATLÉTICO
Motivo: 20ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Ressacada, em Florianópolis
Arbitragem: Caio Max Augusto Vieira (RN), auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Jean Márcio dos Santos (RN)
VAR: Pablo Ramon Gonçalves (RN)
Cartões amarelos: Léo, Lourenço (Avaí); Leonardo Silva (Atlético)
Gols: Jonathan aos 26 minutos do primeiro tempo para o Avaí
Renda: R$ 153.583,00
Público: 7.463


AVAÍ
Vladimir; Léo, Betão, Ricardo e Igor Fernandes; Pedro Castro, Matheus Barbosa (João Paulo) e Richard Franco; Caio Paulista, Jonathan e Lourenço (Mosquera)
Técnico: Alberto Valentim

ATLÉTICO
Cleiton; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Hernández; Martínez, Nathan, Geuvânio (Luan), Cazares (Otero) e Bruninho (Maicon Bolt); Alerrandro
Técnico: Rodrigo Santana