O presidente do circuito de Ímola, Uberto Selvatico Estense, manifestou nesta semana o interesse de recolocar nos próximos anos a pista e o GP de San Marino no calendário da Fórmula 1. O autódromo Enzo e Dino Ferrari fica perto de Bolonha, na Itália, e recebeu provas da categoria de 1980 até 2006. O local ficou marcado por duas tragédias em 1994, quando durante o final de semana o austríaco Roland Raztenberger e o brasileiro Ayrton Senna tiveram acidentes fatais.
Neste fim de semana, o circuito de Ímola recebe a 13.ª etapa do Mundial de MotoGP. Nos últimos dias, outra pista italiana também se mostrou interessada em receber a Fórmula 1. O autódromo de Mugello pretende receber o GP do país a partir de 2025, data escolhida por ser um ano depois do fim do contrato entre a categoria e a atual sede da corrida, Monza.
"Nosso primeiro objetivo será renovar o acordo com a MotoGP. Depois de cinco anos, também vamos apresentar uma solicitação para receber a Fórmula 1", disse o diretor do circuito, Paolo Poli.
As ideias de Mugello e Ímola ganham força pelo plano da própria Fórmula 1 de aumentar o número de etapas do calendário. O atual comando da categoria projeta ter até 25 etapas em cada temporada, em vez das 21 atuais. A categoria terá já em 2020 uma etapa estreante, no Vietnã, e deve ter nos anos seguintes um GP na Arábia Saudita.
Fora da Fórmula 1 desde 2006, o circuito de Ímola tem como características as curvas velozes e um traçado modificado em comparação ao usado no fatídico GP de San Marino, em 1994. Já nos meses seguintes à morte de Ayrton Senna, alguns pontos da pista foram reformados, por medidas de segurança. A curva Tamburello, local da morte do tricampeão mundial, deixou de ser feita em alta velocidade e se tornou um trecho lento.