Com seis gols marcados nos últimos seis jogos disputados pelo Atlético no Mineirão, o atacante Keno, goleador do time de Jorge Sampaoli, função que nunca exerceu nas outras equipes que defendeu, entra na briga por outra marca: a artilharia do Galo no novo Mineirão.

O estádio só virou realmente a casa atleticana após a sua reinauguração, em fevereiro de 2013, nesta temporada. Em quase oito anos, foram apenas 46 as partidas do Atlético como mandante no Gigante da Pampulha. Considerando os confrontos em que foi visitante, a grande maioria em clássicos contra o Cruzeiro, este número chegou a 70 na goleada de 3 a 0 sobre o Goiás, no último sábado, que manteve o alvinegro na liderança isolada da Série A do Campeonato Brasileiro. E a vitória foi aberta com um gol de Keno, cobrando pênalti, o sexto dele na arena.

Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético
Keno abriu o caminho para a goleada do Atlético sobre o Goiás, no último sábado, no Mineirão, marcando seus sexto gol pelo Galo no estádio
Com essa bola na rede, ele deixou o equatoriano Cazares para trás e se igualou a Carlos e Fred na condição de terceiro maior goleador do Atlético o novo Mineirão, com seis gols.

E a mira do camisa 11 de Sampaoli, que vem desequilibrando as partidas a favor do Galo no Gigante da Pampulha, passa a estar em Robinho e Lucas Pratto, que lideram este ranking.

O Pedalada, que retorna ao Santos em negociação que é alvo de muitas cobranças, pois o atacante tem uma condenação por estupro na Itália, processo que já rolava quando ele defendia o Atlético, tem nove gols no estádio.

O argentino Lucas Pratto, do River Plate, que esteve no radar atleticano nesta temporada, para reforçar o time de Jorge Sampaoli, balançou a rede 12 vezes no Mineirão usando a camisa 9 alvinegra.

Médias

A média de gols de Keno na “nova casa atleticana” é de 0,54, pois ele disputou 11 jogos no Gigante da Pampulha. E o início foi complicado, sendo substituído em todos os jogos. O primeiro gol pelo Galo saiu apenas no quinto jogo no Mineirão, aos 52 minutos do segundo tempo, na partida de ida da decisão do Campeonato Mineiro, contra o Tombense, vencida por 2 a 1, de virada.

A guinada da sua história atleticana também foi na arena, justamente no único jogo em que foi reserva, na sua oitava partida com a camisa alvinegra no estádio. 
Em 13 de setembro, Keno entrou em campo aos 12 minutos do segundo tempo, quando o time empatava por 1 a 1 com o Bragantino. Sofreu um pênalti, que foi desperdiçado por Sasha, o que transformou ele no cobrador oficial da equipe, o que vem colaborando para sua fase artilheira. Além disso, a assistência para o gol da vitória, marcado por Savarino aos 42 minutos do segundo tempo, foi dele.

A partir daí, Keno deslanchou. No jogo seguinte, no Gigante da Pampulha, alcançou o segundo hat-trick seguido nos 3 a 1 sobre o Grêmio. Ele já tinha feito três gols nos 4 a 3, de virada, sobre o Atlético-GO, em Goiânia, uma semana antes.

Voltou a marcar nos 4 a 1 sobre o Vasco, em 4 de outubro, e agora nos 3 a 0 diante do Goiás, no último sábado.

Os 12 gols de Lucas Pratto foram marcados em 19 partidas no Mineirão, média de 0,63. Robinho balançou a rede nove vezes em 18 confrontos, média de 0,50.

O Galo jogará mais 13 vezes no Gigante da Pampulha neste Brasileirão, se seguir mandando seus jogos pela competição no estádio. Se Keno conseguir manter a média de 0,54, ele marcará sete gols, um a mais que Lucas Pratto.