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Com grande repertório e força mental, o Flamengo manteve a rotina no Campeonato Brasileiro e passou pelo Bahia por 3 a 1, de virada, neste domingo, no Maracanã. A vitória deixou o time carioca, mais líder do que nunca, em condições de garantir o título nacional já no próximo domingo, com uma antecedência de quatro rodadas.
om o triunfo, agora ostentando 77 pontos em 32 jogos, a equipe de Jorge Jesus abriu dez de dianteira para o segundo colocado, Palmeiras. Na próxima quarta-feira, a equipe da Gávea tem um jogo antecipado da 34.ª rodada - devido à final da Copa Libertadores no dia 23 - contra o Vasco, também no Maracanã. No domingo, enfrenta o Grêmio em Porto Alegre. Se vencer as duas partidas chegará aos 83 pontos.
O Palmeiras, por sua vez, se empatar ou perder para o Bahia, seu próximo adversário na Fonte Nova, só poderá no máximo igualar essa pontuação até o fim de sua campanha, mas sem ter mais como atingir o número de vitórias dos rubro-negro - hoje, a vantagem rubro-negra neste quesito, que é o primeiro critério de desempate, está em 24 a 19.
Já o Bahia, com a derrota no Rio, completa seis jogos sem vencer no Brasileirão e continua patinando na classificação. Com 43 pontos, ocupa o nono lugar e segue se vendo longe do sonho de voltar à Libertadores.
Além da importância da vitória deste domingo na marcha para mais uma taça nacional, o Flamengo atinge números que inscrevem esta equipe na história. Já são 19 partidas - ou um turno inteiro, com 17 triunfos e apenas dois empates - de invencibilidade na competição. Para se ter uma ideia, após o último revés, sofrido para o próprio Bahia, em 4 de agosto, começou uma sequência em que anotou 43 gols e sofreu apenas dez.
Neste domingo, o time do Rio começou a partida com a receita que sempre tem mantido em casa, ou seja, buscando empurrar o adversário para dentro de sua área. Só que os baianos não se intimidaram por completo e até conseguiram boas saídas em velocidade.
Ainda que sem as lideranças de Rafinha pela direita - deu lugar a Rodinei - e do técnico Jorge Jesus na borda do campo - substituído pelo auxiliar João de Deus -, suspensos, o Flamengo, aos poucos e com muita movimentação, foi ganhando mais espaço no campo ofensivo e fazendo valer sua melhor qualidade técnica.
O domínio territorial, porém, não se traduzia em chances de gol, com as peças de ataque esbarrando no bom posicionamento das duas últimas linhas do time baiano. Seguro lá atrás, o Bahia continuava tentando encaixar os contra-ataques que levaram à expressiva vitória por 3 a 0 no jogo de ida, em Salvador.
Numa dessas tentativas, aos 38, Nino Paraíba se aproveitou de uma rebatida de Pablo Marí que explodiu em Filipe Luís e sobrou para o lateral-direito. Com o caminho livre para o cruzamento, ele levantou a bola na cabeça de Élber, que obrigou Diego Alves a grande defesa. No rebote, o jogador do Bahia tocou rasteiro para o meio da pequena área, com a bola batendo em Willian Arão e morrendo dentro do gol.
Sem saber o que é sair perdendo uma partida em casa desde o jogo contra o Botafogo, ainda pela 12ª rodada, o Flamengo sabia que era necessário ser mais incisivo no segundo tempo, se quisesse evitar a perda da longa invencibilidade de 23 jogos - se computados os jogos da Libertadores. E a entrada de Reinier no lugar de Vitinho acabou ajudando neste sentido.
Os anfitriões voltaram do intervalo pressionando, mas davam um espaço absurdo para os rápidos contragolpes do Bahia. Por duas vezes, os comandados de Roger Machado chegaram ao campo de ataque com superioridade numérica, mas não conseguiram concluir bem as jogadas.
O castigo, então, veio aos nove minutos e a jogada do gol do empate começou com Everton Ribeiro. O capitão, que no primeiro tempo sofrera com a marcação firme do lateral Moisés pelo lado direito, pegou uma bola pela primeira vez mais posicionado pelo meio e acionou Gabriel Barbosa, que passou a buscar mais as pontas, pela direita. Em boa posição para cruzar, o camisa 9 encontrou Reinier entrando em velocidade pelo meio e centrou com precisão para o garoto cabecear com força para empatar o duelo.
Com a igualdade, a intensidade do time da casa aumentou em busca da virada, mas o risco de continuar sofrendo com as recomposições velozes do Bahia fizeram com que João de Deus optasse pela saída de Gerson para a entrada de Piris da Motta. De pronto, Roger Machado respondeu com o ligeiro Arthur Caíke no lugar do apagado Gilberto.
Entretanto, com mais segurança na retaguarda, as chances continuavam surgindo na frente para o Flamengo e aos 21, Reinier quase marcou após Bruno Henrique escorar para o meio da área de cabeça.
A resistência do Bahia só duraria mais cinco minutos, quando Filipe Luís, em jogada característica, fez as vezes de meia e lançou para Gabriel Barbosa, novamente livre pela direita. De primeira, o artilheiro do campeonato serviu Bruno Henrique. O camisa 27 entrava livre pelo lado oposto e chutou mascado para vencer Douglas, decretando a virada.
Para completar a festa de sua torcida, que mais uma vez lotou o Maracanã e já àquela altura gritava "é campeão", Gabriel Barbosa fez o seu 21º gol na competição. Ele, que já havia dado duas assistências no confronto, aproveitou sobra de cobrança de falta de Willian Arão que explodira na trave, aos 42 minutos, para fechar a conta e deixar seu time na cara de mais um título brasileiro.
FLAMENGO 3 X 1 BAHIA
FLAMENGO - Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson (Piris da Motta), Everton Ribeiro e Vitinho (Reinier); Bruno Henrique (Diego) e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Jesus.
BAHIA - Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Flávio, Gregore e João Pedro (Guerra); Artur, Gilberto (Arthur Caíke) e Elber. Técnico: Roger Machado.
GOLS - Willian Arão (contra), aos 38 do primeiro tempo; Reinier, aos 9, e Bruno Henrique, aos 26, e Gabriel Barbosa, aos 42 do segundo tempo.
ÁRBITRO - Caio Max Augusto Vieira (RN).
CARTÕES AMARELOS - Bruno Henrique e Piris da Motta (Flamengo).
RENDA - R$ 4.119.304,00.
PÚBLICO - 60.961 pagantes (65.930 no total).
LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio.
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O Palmeiras, por sua vez, se empatar ou perder para o Bahia, seu próximo adversário na Fonte Nova, só poderá no máximo igualar essa pontuação até o fim de sua campanha, mas sem ter mais como atingir o número de vitórias dos rubro-negro - hoje, a vantagem rubro-negra neste quesito, que é o primeiro critério de desempate, está em 24 a 19.
Já o Bahia, com a derrota no Rio, completa seis jogos sem vencer no Brasileirão e continua patinando na classificação. Com 43 pontos, ocupa o nono lugar e segue se vendo longe do sonho de voltar à Libertadores.
Além da importância da vitória deste domingo na marcha para mais uma taça nacional, o Flamengo atinge números que inscrevem esta equipe na história. Já são 19 partidas - ou um turno inteiro, com 17 triunfos e apenas dois empates - de invencibilidade na competição. Para se ter uma ideia, após o último revés, sofrido para o próprio Bahia, em 4 de agosto, começou uma sequência em que anotou 43 gols e sofreu apenas dez.
Neste domingo, o time do Rio começou a partida com a receita que sempre tem mantido em casa, ou seja, buscando empurrar o adversário para dentro de sua área. Só que os baianos não se intimidaram por completo e até conseguiram boas saídas em velocidade.
Ainda que sem as lideranças de Rafinha pela direita - deu lugar a Rodinei - e do técnico Jorge Jesus na borda do campo - substituído pelo auxiliar João de Deus -, suspensos, o Flamengo, aos poucos e com muita movimentação, foi ganhando mais espaço no campo ofensivo e fazendo valer sua melhor qualidade técnica.
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O castigo, então, veio aos nove minutos e a jogada do gol do empate começou com Everton Ribeiro. O capitão, que no primeiro tempo sofrera com a marcação firme do lateral Moisés pelo lado direito, pegou uma bola pela primeira vez mais posicionado pelo meio e acionou Gabriel Barbosa, que passou a buscar mais as pontas, pela direita. Em boa posição para cruzar, o camisa 9 encontrou Reinier entrando em velocidade pelo meio e centrou com precisão para o garoto cabecear com força para empatar o duelo.
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FLAMENGO 3 X 1 BAHIA
FLAMENGO - Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson (Piris da Motta), Everton Ribeiro e Vitinho (Reinier); Bruno Henrique (Diego) e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Jesus.
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LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio.