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O movimento vem após declarações recentes de Bernie Ecclestone, ex-chefão da categoria, de que sabia de uma manipulação do resultado do GP de Cingapura daquele ano e de que o piloto brasileiro poderia ter ficado com o título mundial, desbancando Lewis Hamilton, campeão da edição. Massa já havia falado, em abril, que estava estudando a possibilidade de acionar a Justiça.
Os advogados do ex-ferrarista enviaram a Stefano Domenicali, CEO da F-1 e ex-chefe de Massa na Ferrari, e a Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, uma carta de aviso legal sobre o caso. Tal procedimento é obrigatório para dar sequência a processos judiciais na Inglaterra, onde a ação foi protocolada.
A carta defende que Massa é o "legítimo campeão de pilotos de 2008" e que a F-1 e a FIA ignoraram a "má conduta" que tirou o título do brasileiro. Em outros trechos, o texto estima um prejuízo de "dezenas de milhões de euros" e afirma que o brasileiro "foi vítima de uma conspiração cometida por indivíduos do mais alto nível" do corpo diretivo das entidades. Agora, Domenicalli e Sulayem têm 14 dias para dar uma resposta. Caso contrário, o processo judicial pode ser iniciado nos tribunais sem aviso prévio.
CINGAPURAGATE
O chamado "Cingapuragate", um dos casos mais rumorosos da história da F-1, aconteceu em setembro de 2008, na 15ª de 18 etapas daquela temporada. Na ocasião, Massa disputava o título com Hamilton. Foi o pole position da corrida e liderava a prova quando Nelsinho Piquet sofreu uma batida, o que mudou os rumos da disputa. Fernando Alonso, da mesma equipe Renault de Nelsinho, acabou ficando com a vitória naquele GP.
Um ano depois, Nelson Piquet veio a público para denunciar que seu filho batera de propósito por ordem de Flavio Briatore, então chefe da Renault, para beneficiar o companheiro de equipe, Alonso. O caso foi investigado pela FIA, que puniu os envolvidos. Briatore foi banido da F-1, embora a decisão já tenha sido revogada, e o engenheiro Pat Symonds, outro responsável pela ordem para a batida, foi suspenso por cinco anos - atualmente é o diretor técnico da F-1.
A polêmica foi revivida no início de março, quando Ecclestone concedeu entrevista ao site F1-Insider na qual admitia que ele e o então presidente da FIA, Max Mosley, estavam cientes da armação ainda em 2008, após o episódio, antes mesmo da denúncia de Nelson Piquet, feita apenas no ano seguinte.
Tivemos informações suficientes a tempo de investigar o assunto. De acordo com os regulamentos (da época), deveríamos ter cancelado a corrida em Cingapura naquelas condições", declarou. "Decidimos não fazer nada. Queríamos proteger o esporte e evitar um grande escândalo. Por isso me esforcei para convencer meu ex-piloto Nelson Piquet a manter a calma", disse Ecclestone, em referência ao período em que era chefe de Piquet na já extinta equipe Brabham.
O então chefão da F-1 admitiu que poderia ter anulado o GP por causa da manipulação da Renault. "Naquela época, havia uma regra de que uma classificação ao Mundial após a cerimônia de premiação da FIA no fim do ano era intocável. Então, Hamilton foi presenteado com o troféu e estava tudo bem."
Se a prova tivesse sido anulada, Massa poderia ter se sagrado campeão mundial, uma vez que Hamilton terminou em 3º, enquanto o brasileiro foi apenas o 13º, sem somar pontos, após enfrentar um problema nos boxes - o pit stop havia sido motivado pela entrada do safety car na pista após o acidente protagonizado por Nelsinho Piquet.
"Felipe Massa se tornaria campeão mundial, e não Lewis Hamilton. Hoje me solidarizo com Massa, sinto muito por ele. Afinal, ele ganhou a corrida em casa, em São Paulo, mas foi enganado e não levou o título que merecia. Hoje, eu teria feito as coisas de outra forma", reconheceu Ecclestone. O título de 2008 foi decidido por apenas um ponto de diferença.
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O movimento vem após declarações recentes de Bernie Ecclestone, ex-chefão da categoria, de que sabia de uma manipulação do resultado do GP de Cingapura daquele ano e de que o piloto brasileiro poderia ter ficado com o título mundial, desbancando Lewis Hamilton, campeão da edição. Massa já havia falado, em abril, que estava estudando a possibilidade de acionar a Justiça.
Os advogados do ex-ferrarista enviaram a Stefano Domenicali, CEO da F-1 e ex-chefe de Massa na Ferrari, e a Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, uma carta de aviso legal sobre o caso. Tal procedimento é obrigatório para dar sequência a processos judiciais na Inglaterra, onde a ação foi protocolada.
A carta defende que Massa é o "legítimo campeão de pilotos de 2008" e que a F-1 e a FIA ignoraram a "má conduta" que tirou o título do brasileiro. Em outros trechos, o texto estima um prejuízo de "dezenas de milhões de euros" e afirma que o brasileiro "foi vítima de uma conspiração cometida por indivíduos do mais alto nível" do corpo diretivo das entidades. Agora, Domenicalli e Sulayem têm 14 dias para dar uma resposta. Caso contrário, o processo judicial pode ser iniciado nos tribunais sem aviso prévio.
CINGAPURAGATE
O chamado "Cingapuragate", um dos casos mais rumorosos da história da F-1, aconteceu em setembro de 2008, na 15ª de 18 etapas daquela temporada. Na ocasião, Massa disputava o título com Hamilton. Foi o pole position da corrida e liderava a prova quando Nelsinho Piquet sofreu uma batida, o que mudou os rumos da disputa. Fernando Alonso, da mesma equipe Renault de Nelsinho, acabou ficando com a vitória naquele GP.
Um ano depois, Nelson Piquet veio a público para denunciar que seu filho batera de propósito por ordem de Flavio Briatore, então chefe da Renault, para beneficiar o companheiro de equipe, Alonso. O caso foi investigado pela FIA, que puniu os envolvidos. Briatore foi banido da F-1, embora a decisão já tenha sido revogada, e o engenheiro Pat Symonds, outro responsável pela ordem para a batida, foi suspenso por cinco anos - atualmente é o diretor técnico da F-1.
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