Faleceu na noite de terça-feira (20), em Belo Horizonte, Luiz de Matos Luchesi, o Mussula. Aos 80 anos, o ex-goleiro foi um elemento histórico do Atlético. Um daqueles raros casos de pessoas que passam anos pelo clube, sempre pronto a ajudar. De arqueiro, foi auxiliar-técnico, treinador e supervisor de futebol.
O corpo de Mussula, que ganhou este apelido por conta da origem italiana e numa referência ao ditador Benito Mussolini, será sepultado nesta quarta-feira, às 15h, no Cemitério do Bonfim. Com passagens por Cruzeiro e América, ele se tornou identificado mesmo com o Galo. Fez parte da equipe campeã brasileira de 1971, além de outros títulos.
Após se aposentar, virou auxiliar de Telê Santana, que ficou no Atlético entre 1970 e 1975. Depois disso, Mussula virou treinador e chegou a comandar o Galo em cinco ocasiões diferentes, fazendo parte do título mineiro de 1983, o que sagrou o alvinegro como hexacampeão do estadual.
Nos anos 1990, chegou a ocupar o cargo de supervisor de futebol. Ainda como jogador, fez parte de dois capítulos especiais da história do Galo. Em 19 de dezembro, se completará 50 anos da partida na qual o Atlético representou a Seleção Brasileira contra a Iugoslávia. O Galo/Brasil venceu por 3 a 2 e Mussula era o arqueiro.
Um ano depois, Mussula estava na meta alvinegra no time que derrotou a Seleção Brasileira de Tostão, Pelé e João Saldanha nas vésperas da Copa do Mundo de 1970 no México. Hoje, seu DNA segue no Galo, nas veias do filho e preparador físico Marcelo Luchesi, que trabalha na base.