Aposentado dos campos, Ronaldinho Gaúcho segue faturando com aparições em eventos e jogos festivos. E também em outros casos, como em uma ação judicial movida contra um antigo patrocinador do Fluminense, conforme publicou o site Uol.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou o empresário Neville Proa, dono da fábrica de bebidas Viton 44, a indenizar o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho em R$ 350 mil. Proa, que era responsável por patrocinar o Tricolor em 2015, fez acusações pesadas direcionadas camisa 10 quando o jogador deixou as Laranjeiras.
"[Ele] Só quer sacanagem. O negócio dele é beber todo dia. Está milionário, cheio da grana, pode pegar a mulher que quiser, vai jogar para quê? Faz festas todos os dias, foi péssimo para o Fluminense. Foi péssimo para o futebol carioca trazê-lo. É um jogador acabado. Não tem mais que ficar aqui. Tem que curtir as festas como gosta", disparou Neville Proa, agora condenado pela Justiça.
No entendimento da juíza Karla Aveline de Oliveira, da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza, em Porto Alegre, o conteúdo da fala de Neville foi "absolutamente ofensivo ao autor, atingindo a esfera íntima de sua vida pessoal".
Em seu despacho, a magistrada completou que "a verborragia de Neville, por si e representando a empresa, merece reprovação compatível com a desfaçatez".
Karla Aveline entendeu que tais declarações podem causar possíveis prejuízos financeiros para o ex-jogador, de renome internacional e ligado a diversas ações de marketing, inclusive infanto-juvenis. "Imagem e histórico de vida são as bases para que permaneça avançando com empresas nacionais e internacionais contratos publicitários", disse.
Final da Copa citada em despacho
Na sentença, Karla ainda sustentou que a participação do ex-meia na festa de encerramento da Copa do Mundo de 2018 mostra a "abrangência e impacto positivo da imagem de Ronaldinho, construída com empenho, esforço e competência ao longo de décadas".
O advogado de Ronaldinho Gaúcho, Sérgio Queiroz, comemorou a decisão de Justiça do Rio Grande do Sul. "Que bom essa decisão. Foi forte demais. Ofensas gratuitas, sem necessidade. Mais que a questão financeira, é uma situação de reconhecer que não se pode falar assim, caluniar, difamar, nada. Quando se perde o respeito, é muito complicado. Precisávamos fazer justiça, uma vez que o senhor Neville jamais se retratou de forma pública", comentou.
Igualmente procurado pela reportagem da Uol para comentar o resultado e uma possível decisão de recorrer da decisão, o advogado de Neville Proa, Luis Sergio Couto Casado Lima, não foi encontrado até o momento da publicação.