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"Venho neste momento falar de uma coisa que me incomoda muito, porque há 34 anos houve um episódio comigo. Essas coisas aconteceram há 34 anos e hoje elas estão vindo como se tivessem acontecido hoje e eu fosse condenado e culpado. Para resumir: eu não tenho culpa nenhuma de nada, nunca levantei um dedo indevidamente ou inadequadamente para alguma mulher", disse, em entrevista ao Blog da Marília Ruiz, do Uol.
Ele faz referência à participação num caso policial ocorrido em 1987, em Berna, na Suíça, quando era jogador do Grêmio. À época, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três atletas: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.
Em 1989, os quatro foram condenados não por estupro, mas pela idade da vítima. Embora não tenha sido reconhecido pela garota, Cuca pegou 15 meses de prisão por violência sexual contra pessoa vulnerável (com menos de 16 anos), mas não cumpriu a pena, já que o Brasil não extradita seus cidadãos. Em 2004, a possibilidade de execução expirou.
Por conta desse caso, vários torcedores do Atlético (entre eles, grupos formados por mulheres) se manifestaram contra a contratação de Cuca. A tag #CucaNão esteve entre os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter em diferentes dias das últimas semanas.
"Essa é uma coisa que me incomoda bastante. A gente vê em alguns lugares: ‘Ah, o Cuca não, por causa disso ou daquilo’. Eu não devo nada para ninguém. Não sou um cara do mal, não fiz nada de errado, não fui julgado e culpado por alguma coisa. Fui julgado à revelia, porque já não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento junto com os outros rapazes", prosseguiu o treinador.
"É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estrupro. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, não houve tentativa de abuso ou coisa assim. Só que hoje, 34 anos depois, com a força que os movimentos vêm pegando, a gente vê isso e ficamos sentidos", disse.
As declarações de Cuca foram dadas num vídeo que gravou ao lado da esposa Rejane e das filhas Mayara e Natasha. "Eu quero treinar ainda grandes equipes, mas não quero nunca ser um cara mal falado. Prefiro ficar na minha casa à sair aí e achar polêmica, problema. Minha vida é baseada nesses conceitos, que são família, fé em Deus e ser uma pessoa honesta e íntegra", finalizou.
Na conclusão do vídeo, Rejane defendeu o esposo: "O Cuca é uma pessoa muito íntegra, um excelente pai. Se ele tivesse alguma atitude errada, eu jamais teria ficado casada com ele há tanto tempo. E esse tempo nos deu duas filhas lindas, que ele educou com muito amor, integridade e carinho".
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Ele faz referência à participação num caso policial ocorrido em 1987, em Berna, na Suíça, quando era jogador do Grêmio. À época, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três atletas: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.
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