#ForçaAdilson

 

 

“Fizemos uma avaliação agora, no meio do ano, na intertemporada, que identificou uma cardiomiopatia, uma doença cardíaca que o impede de seguir como atleta profissional de futebol. Isso foi estabelecido agora e, a partir do momento em que se estabeleceu, nossos primeiros cuidados foram discutir com o médico pessoal do atleta e também com um terceiro profissional para ouvir a opinião, discutir sobre o diagnóstico e a conduta que deveria ser tomada. Houve uma unanimidade em relação a essa conduta, que seria definir por abreviar a carreira do Adilson como atleta de futebol”, comentou o cardiologista.

Emocionado com a presença de outros jogadores na sala de imprensa, Adilson agradeceu o apoio do Atlético neste momento difícil para ele.

"Não preparei nada especial. Na verdade, vim aqui só agradecer todo o apoio e suporte do departamento médico do Atlético, da diretoria e do presidente, que não estava no Brasil quando conversamos, mas fez questão de me ligar e dar todo o apoio. Agradecer essa rapaziada que está aqui, é isso que me fortalece. Já que estou nessa condição, é isso que eu gostaria de receber. Então, realmente, agradeço todos vocês por tudo que têm feito, não só por este momento, mas por tudo que passamos nesses últimos anos. A relação comigo foi sempre de muito respeito e muito apoio. Estou bem, a vida vai seguir, vou seguir aqui, no dia a dia do clube, colaborando da melhor maneira possível. Minha filha vai nasce agora, dia 22, então, tenho muito motivos para seguir, para ser feliz. Tenho essa rapaziada como irmãos, acredito muito neles e eles são a última chance que tenho de ganhar um troféu grande, ainda tem essa chance. Acredito muito neles e estarei aqui nesse processo, ganhando ou perdendo, junto com eles", disse o meio-campista.

 

"A determinação que tive do presidente Sérgio Sette Câmara, e ele nem precisava me determinar isso, é que nosso cuidado foi com o ser humano Adilson. E disse isso a ele pessoalmente, quando estive junto com ele e com o Marques na sua casa. O que não nos preocupa, agora, é quanto vai entrar na conta do Adilson, se o contrato vai ser isso ou aquilo. Ele estará aqui conosco por opção dele e por um pedido nosso. Ele vai experimentar, nessa nova fase da vida dele, experiências que possam deixá-lo aqui, conosco, e que permitam a ele perceber se vai querer ser integrante de comissão técnica, fazer um curso de gestão, ficar no meu lugar, trabalhar comigo, trabalhar com o pessoal. O que não abrimos mão é do Adilson no dia a dia. Nunca falamos de dinheiro, não vamos falar de contrato e ele terá os seus direitos garantidos. Não nos interessa, agora, absolutamente, discutir centavos, seguro. O que a gente quer o Adilson feliz aqui, com a gente, e temos certeza que a felicidade dele passa por estar aqui, com os seus companheiros, e vestindo essa camisa que ele fez questão de vestir quando veio para cá. Todo mundo perguntou porque ele viria com essa camisa e ele disse que era a camisa que vestia sempre”, declarou o diretor.

"Em vez de avaliações anuais, diminuímos o tempo dessa avaliação. Graças a esses critérios rígidos que temos, ele faz essas avaliações com períodos menores. Então, quando completou o tempo necessário, que foi logo depois que eles voltaram desse curto período de férias, no meio da temporada, não por uma suspeita, mas preventivamente. Fazemos esses exames preventivamente, exatamente para identificar alterações que não existiam e começam a surgir. Então, me orgulho de dizer que temos toda a estrutura, um pessoal extremamente capacitado, os melhores profissionais no departamento médico, incluo o Haroldo, nessa área específica, a parte de cardiologia é responsabilidade dele. Exatamente pelo cuidado excessivo que ele tem, pudemos diagnosticar uma situação em fase muito inicial. Aí sim, com isso identificado, daqui para frente, ele teria riscos cada vez maiores e não concordamos em correr riscos que possam colocar a saúde dele em cheque”.

Fonte:atletico.com.br