Cruzeiro contra o São Paulo em jogos do Campeonato Brasileiro, dia em que o torcedor celeste já prepara o coração de uma forma diferente. E o receio dos cruzeirenses pelo retrospecto negativo diante o Tricolor, mais uma vez, acabou se justificando. Na noite deste domingo (18), a Raposa perdeu por 1 a 0, no Morumbi, e viu sua freguesia ser ampliada neste tipo de competição.
O gol do jogo foi marcado por Diego Souza, ex-jogador do Cruzeiro, que fez valer mais uma vez a máxima da “Lei do ex”, e chegou ao seu gol de número cem em Campeonatos Brasileiros.
A próxima partida do Cruzeiro está marcada para esta quarta-feira (21), às 21h45, no Mineirão. O adversário é o Vitória, time que luta desesperadamente contra o rebaixamento. Já o São Paulo enfrenta o Vasco na quinta-feira, às 20h, em São Januário.
O jogo
Debaixo de muita chuva o Cruzeiro até conseguiu impor um bom ritmo e teve mais posse de bola que o São Paulo nos minutos iniciais. Até os 15 minutos a Raposa tinha 52% de domínio do jogo e construía boas jogadas ofensivas.
Aos 12 minutos, David correu no lado direito do ataque, e, da linha de fundo, tocou para trás. Barcos fez o domínio, girou, mas foi interceptado pela marcação.
Aos 15 minutos o famoso “toma lá, dá cá”. Primeiro foi o São Paulo que tentou o gol, mas o goleiro Fábio fez uma belíssima defesa após chute do meia Nenê. Logo em sequência foi a vez do Cruzeiro, com Barcos, que recebeu cruzamento de Egídio e cabeceou muitíssimo perto do gol de Jean.
O jogo estava aberto e com as duas equipes atuando de forma franca. Entretanto, o São Paulo cresceu mais dentro de campo, foi aumentando a posse de bola e o volume de jogo. Resultado: fez o gol.
Em uma jogada de escanteio aos 30 minutos, Nenê jogou a bola na área. A zaga do Cruzeiro falhou e Arboleda ganhou a disputa aérea de Ariel Cabral e escorou para Diego Souza, que marcou um golaço de voleio. Era o centésimo gol do atacante no Campeonato Brasileiro.
O São Paulo seguiu em cima do Cruzeiro depois do gol, terminou a primeira etapa melhor em campo, o que ficou evidenciado nas estatísticas da partida. O Tricolor teve nos 45 minutos iniciais mais posse de bola (56% a 44%), finalizou mais vezes (4 a 3) e teve mais chances reais de gol do que a Raposa (2 a 1).
No intervalo, o meia Robinho tentou explicar os problemas do Cruzeiro no primeiro tempo: “Poucas finalizações e quase na cara do gol. A gente tem que tocar um pouco mais. Foi um jogo igual, tomamos gol de bola parada, não dá nessa altura do campeonato”, disse em entrevista ao canal Premiere.
O mundo ideal desejado para o segundo tempo por Robinho ficou só na imaginação. O Cruzeiro, completamente envolvido na marcação do São Paulo, não conseguia quebrar as linhas defensivas do Tricolor e se tornava presa fácil do adversário.
Até o São Paulo que se mostrou um time ligado na etapa inicial perdeu o gás e “adormeceu” no segundo tempo. Como nem um time e nem o outro conseguia imprimir um ritmo forte e demonstrar força, o jogo em si foi de dar sono.
O Cruzeiro não dava qualquer indício de que poderia ao menos empatar o jogo e o goleiro Jean era praticamente um mero espectador dentro do gramado.
Nem mesmo com as três mudanças realizadas por Sidnei Lobo, entradas de Sassá, Raniel e Rafael Sóbis, o Cruzeiro conseguiu dar a resposta. E sem poder de reação o time perdeu mais uma na história do Campeonato Brasileiro para o São Paulo.
SÃO PAULO X CRUZEIRO
Motivo: 35ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Morumbi, em São Paulo
Arbitragem: Heber Robeiro Lopes (SC)
Auxiliares: Henrique Neu Ribeiro e Eder Alexandre, todos de SC
Gols: Diego Souza, aos 30 minutos do primeiro tempo.
Cartão Amarelo: Reinaldo, Bruno Alves (SPFC); Robinho, Edílson (CRU)
Cartão Vermelho:
Público:
Renda:
SÃO PAULO – Jean; Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo (Edimar); Jucilei, Hudson (Araruna), Nenê e Shaylon (Brenner); Diego Souza e Everton; Técnico: André Jardine.
CRUZEIRO – Fábio; Edílson, Léo, Manoel e Egídio; Henrique e Ariel Cabral (Raniel); Robinho, Thiago Neves (Rafael Sóbis) e David; Barcos (Sassá). Técnico: Sidnei Lobo