A Máfia Azul ficou revoltada com o desempenho do Cruzeiro no empate por 1 a 1 com o Lanús, da Argentina, no Mineirão, pelo jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana. Em publicação nas redes sociais, nesta quinta-feira (24/10), a principal torcida organizada do clube disse que a “paciência acabou” e prometeu “cobrança severa” aos jogadores. 

No comunicado (leia a íntegra no fim da matéria), a torcida organizada apontou a falta de raça e vontade dos atletas como determinantes para os resultados ruins do Cruzeiro nas últimas partidas. A Raposa está há seis jogos sem vencer na temporada, sendo cinco empates e uma derrota. 

“Enquanto nós damos a vida pelo Cruzeiro, parece que em campo tá todo mundo de férias. Já não basta o peso da camisa, a história do clube, tem o peso dessa torcida que faz de tudo e mais um pouco. Só que jogo após jogo, o que se vê é um elenco que não honra isso”, iniciou. 

“E agora a cobrança vai ser severa, porque a paciência acabou. O apoio nunca faltou, mas não aguentamos mais essa falta de respeito com a torcida e com o Cruzeiro. Tá na hora de lembrar que aqui é Cruzeiro, e que a história desse time não se apaga. Honrem essa camisa, joguem com alma, porque de mordomia e salário em dia, o torcedor não vive!”.

Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro.

Fase ruim do Cruzeiro preocupa

O Cruzeiro ainda não venceu sob o comando de Fernando Diniz, que teve quatro empates e uma derrota em cinco jogos à frente do time. Os resultados recentes preocupam o torcedor, já que a equipe viu a distância para o G6 aumentar para cinco pontos. 

 A última atuação convincente do Cruzeiro foi na vitória por 3 a 0 sobre o líder Botafogo, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, em 27 de julho, pelo returno do Brasileirão. Desde então, o time vem tendo dificuldades.

 Durante o período de oscilação, a Raposa também conseguiu uma importante vitória sobre o Libertad, em Assunção. Em 19 de setembro, os celestes venceram os paraguaios por 2 a 0, no Defensores del Chaco, pelo jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana.

 Com o empate na semifinal do torneio internacional, o Cruzeiro agora precisa vencer o Lanús, na Argentina, para avançar à decisão. Os adversários se enfrentarão na quarta-feira (30/10), às 19h, no La Fortaleza, em Lanús, na região metropolitana de Buenos Aires. 

Máfia Azul segue banida dos estádios

A Máfia Azul segue oficialmente proibida de frequentar os estádios espalhados por todo o território brasileiro. Sendo assim, os integrantes da torcida não podem utilizar roupas, bonés, bandeiras e instrumentos musicais que remetem à organizada. 

 O banimento foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em março deste ano, após brigas entre torcidas. A sanção tem validade até 15 de março de 2028. 

Íntegra do comunicado da torcida organizada

“O que a torcida do Cruzeiro tem feito não é brincadeira. A gente viaja de norte a sul do país, gasta o que não tem pra acompanhar esse time, pra estar sempre junto. É ônibus, avião, é deixar a família em casa, é largar trabalho, tudo por amor ao Cruzeiro. Enquanto isso, os jogadores, com todas as mordomias, salário alto e pago em dia, não mostram um pingo de vontade em campo. Cadê a raça? Cadê a motivação? O que a gente vê é apatia, falta de compromisso.

A real é que o time que tá aí hoje não merece a torcida que tem.

 A gente se sacrifica, canta, grita, faz festa nas arquibancadas, e o que a gente ganha em troca? Um time sem sangue nos olhos, sem garra para buscar a vitória. Enquanto nós damos a vida pelo Cruzeiro, parece que em campo tá todo mundo de férias. Já não basta o peso da camisa, a história do clube, tem o peso dessa torcida que faz de tudo e mais um pouco. Só que jogo após jogo, o que se vê é um elenco que não honra isso.

 E agora a cobrança vai ser severa, porque a paciência acabou. O apoio nunca faltou, mas não aguentamos mais essa falta de respeito com a torcida e com o Cruzeiro. Tá na hora de lembrar que aqui é Cruzeiro, e que a história desse time não se apaga. Honrem essa camisa, joguem com alma, porque de mordomia e salário em dia, o torcedor não vive!”.