O momento está longe de ser para comemoração, pois há muito tempo, mais precisamente oito anos, Cruzeiro e Atlético não viviam, juntos, uma crise tão forte como a atual na disputa da Série A. De toda forma, o jogo que eles fazem neste domingo (10), às 16h, no Mineirão, pela 32ª rodada da principal competição nacional de clubes, tem um apelo histórico, pois será o 70º clássico entre os dois rivais pelo Campeonato Brasileiro.
Este número será alcançado considerando-se a unificação dos torneios promovida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em dezembro de 2010. Neste ato, a entidade equiparou a Taça Brasil, disputada de 1959 a 1967, e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Taça de Prata, jogada entre 1967 e 1970, ao Campeonato Brasileiro.
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Assim, a história do clássico no Brasileirão tem início em 5 de março de 1967, quando o Cruzeiro goleou o Atlético por 4 a 0 – gols de Evaldo (2), Natal e Wilson Almeida – pela rodada de abertura da primeira edição da Taça de Prata. Nesta partida, o Mineirão recebeu 91.402 pagantes.
Aliás, uma marca do confronto pelo maior torneio nacional é que as maiores goleadas foram todas cruzeirenses. Além desses 4 a 0, de 1967, a Raposa fez 4 a 1, em 2013, e a maior delas, um 6 a 1, na última rodada de 2011, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, numa partida em que seria rebaixada até com um empate.
Vantagem
Se o Cruzeiro aplicou as maiores goleadas, a liderança no retrospecto do clássico pelo Brasileirão é do Atlético, que tem 26 vitórias, contra 22 do rival. Foram 21 empates.
O Gigante da Pampulha, local do confronto deste domingo, é a principal casa do clássico no Campeonato Brasileiro, pois receberá o 57º confronto entre os dois rivais.
E no Mineirão o Galo leva vantagem também. Em 56 jogos, venceu 19 e perdeu 17. Os dois clubes empataram 20 vezes.
Na sua nova casa, o desempenho atleticano no confronto pela Série A é ainda melhor. Em nove clássicos, venceu seis e perdeu apenas dois. Um empate foi registrado, em 2012, numa partida que teve mando de campo cruzeirense e apenas com sua torcida presente.
História não falta, muito menos emoção. E ela, com certeza, ditará o ritmo do confronto 70, neste domingo, no Mineirão.