O chaveamento e os resultados de cada seleção fizeram com os arquirrivais se cruzassem no Mineirão, a casa do Superclássico dos últimos anos
Duas das melhores seleções do planeta, pelo quesito técnico e por respeito às tradições. Momentos e confianças à parte, elas são cobradas porque têm qualidade no DNA e jogadores que jogam as principais ligas europeias. Em uma Copa América em seu terreiro após 20 anos, o Brasil do técnico Tite carrega o favoritismo diante da Argentina de Lionel Scaloni, um treinador da nova geração, que ganhou um grupo estrelado com, nada menos, do que Messi, cinco vezes o melhor do mundo. O jogo acontece nesta terça-feira, às 21h30, no Mineirão.
O chaveamento e os resultados de cada seleção fizeram com que brasileiros e argentinos viessem a se cruzar no Mineirão, a casa do Superclássico dos últimos anos. Vale o passaporte para a grande decisão do Maracanã, no próximo domingo. Para o time canarinho, a afirmação que o trabalho vem sendo bem feito, mesmo com o contratempo da contusão de Neymar. Para os hermanos, trata-se de uma período de reconstrução.
“Será um grande espetáculo, um grande clássico. Se a torcida puder trazer o carinho que recebemos no hotel para o estádio vai deixar todos os atletas gratificados e fortalecidos”, ponderou Tite, se dirigindo à torcida mineira.
Foi em solo belo-horizontino que a seleção escreveu o seu maior vexame de sua história, ao tomar 7 a 1 da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Na formação daquele dia trágico, só restaram Willian, que entrou no segundo tempo, e Daniel Alves, banco naquele jogo.
De toda forma, dois anos depois, em 2016, o Brasil já expurgou qualquer fantasma derrotando essa mesma Argentina, por 3 a 0, pelas Eliminatórias para a Copa da Rússia. Há três anos e hoje, Messi é a grande referência da Albiceleste.
Os brasileiros, por sua vez, preferem pensar no conjunto argentino. A minha preparação é contra a Argentina, primeiramente, um time de potencial muito grande, que vem reformulando o time, se reconstruindo e ganhando a confiança. Claro que o Messi chama a atenção por si só, mas temos que estar focados no que nós vamos fazer”,destacou o goleiro Alisson, que ainda não foi vazado na competição.
Na condição de visitante, o técnico Scaloni joga a responsabilidade para quem joga em casa. “Para o Brasil, a pressão é maior, porque jogam com seus torcedores. Aos nossos torcedores que vierem, podem ficar tranquilos. Temos um time com uma maneira clara de jogar. É um rival difícil, mas vamos fazer uma partida que precisamos para conseguir o resultado”, afirmou Scaloni.