Meio-campistas, entretanto, ainda não tem data de estreia marcada
O número de reforços do América este ano chegou a 15 com as apresentações oficiais, nesta terça-feira, de Michel Bastos e William Maranhão. Foram nove no início do ano e seis para o Brasileiro da Série B. Não está definido ainda quando serão as estreias dos dois jogadores. O primeiro está parado há cinco meses e diz que ainda precisa recuperar a forma física. Já o segundo estava em atividade no Vasco e está pronto para jogar.
Para Michel Bastos, retornar ao Coelho é um momento de felicidade. Sua primeira passagem pelo clube foi há 18 anos, quando disputou o Torneio de Terborg, na Holanda, pelo clube mineiro. Ele demonstra, inclusive, um carinho especial pelo Coelho. “Devo muito ao América. Joguei emprestado, só aquele torneio. E foi o que me abriu as portas da Europa. Fui contratado pelo Feyenoord. Depois, passei pelo Excelsior e fui depois para o Lyon. Foram oito anos de França. Tenho, inclusive, nacionalidade francesa. Meus filhos, Lucas, de 12 anos, e Valentina, de 6, são franceses. Eu e minha esposa, Letícia, temos dupla nacionalidade. Voltar ao América, confesso que não era projeto, mas sempre pensei nisso. Por isso estou muito feliz. Se cheguei onde cheguei, devo isso ao América.”
Na chegada ao Lanna Drumond, uma surpresa para Michel Bastos. Na hora de assinar contrato, ontem, o presidente Marcus Salum lhe entregou três revistas do Torneio de Terborg e, numa delas, na capa, a foto dele com Van Pierce, então no PSV, caído. Os dois lado a lado.
Ele conta que sua carreira esteve por um fio. “Eu cheguei até a pensar em parar, mas minha mulher, Letícia, me convenceu que não deveria ainda. Foi quando surgiu o convite do América. Fiquei muito feliz, em especial pelo projeto de voltar à Série A. O clube está em situação difícil, no momento, mas há tempo para recuperar e para alcançar o principal objetivo, voltar à Série A”, diz.
Michel Bastos ainda não sabe qual posição jogará. “Tenho a vantagem de ser um jogador versátil. Posso jogar na lateral-esquerda, posição em que joguei a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, de armador e de atacante. Já conversei com o Barbieri e falei minha preferência, mas ele é livre para definir.”
O ex-jogador da Seleção Brasileira jogou o último brasileiro pelo Sport, emprestado pelo Palmeiras. Mas, ao final do contrato, não houve interesse de nenhum dos dois clubes na renovação. Michel ficou sem clube e ainda sofreu uma contusão no adutor da coxa esquerda. “Este é um dos motivos pelos quais não é aconselhável jogar agora. Preciso me recuperar por completo.”
Novo volante
Já William Maranhão, que trocou o Vasco pelo América, diz que pensou no projeto que lhe foi proposto pelo Coelho para optar pela troca de um time da Série A por um da B. E também pesou a atual situação do time carioca. “Eu pesquisei muito. Conversei também com o Danilo Barcelos, que jogou aqui. Ele só falou bem. E, além disso, tem esse projeto de voltar à Série A, que muito me agrada. No Vasco, nada ia bem. Eram muitos jogadores. Além disso, o clube vive um momento muito conturbado.”
A contratação de Maranhão foi indicação do técnico Maurício Barbieri. “Nunca fui jogador dele. Mas o enfrentei uma vez, num Flamengo e Vasco. Ele gostou. Espero corresponder às expectativas”, diz o volante, que afirma ter como principais características a marcação e a qualidade de passe, além de gostar de chegar à frente e tentar chutes de longa distância.