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O projeto será incluído no novo plano de negócios da empresa, que será divulgado em novembro. A conclusão das obras custará R$ 3,5 bilhões, disse a estatal.
A decisão pelo investimento teve votos contrários de dois conselheiros independentes, Marcelo Gasparino e Francisco Petros. Antes de sua paralisação, o projeto já havia consumido R$ 3,9 bilhões.
A retomada das operações em fertilizantes é uma das missões dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da estatal, Magda Chambriard. A empresa já aprovou neste ano a reabertura da Ansa (Araucária Nitrogenados SA) no Paraná.
Em nota, a Petrobras afirmou que "a decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028, teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos".
"A avaliação técnico-econômica confirmou viabilidade da planta", disse em entrevista na noite de sexta-feira (25) o gerente geral de Programas de Investimentos da estatal, Wilson Guilherme Silva, completando que essa análise não considerou qualquer tipo de subsídio ao preço do gás natural.
"Isso nos dá segurança para iniciar fase de contratação, receber as propostas e com as propostas na mão, decidir pela obra", prosseguiu. As licitações devem ser lançadas em novembro. Com as propostas nas mãos, a Petrobras vai refazer a avaliação econômico-financeira até o primeiro semestre de 2025.
"As contratações passarão por todas as análises necessárias, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis", afirmou a empresa. A previsão é que as obras gerem oito mil empregos diretos e indiretos. Na operação, serão cerca de 600.
A fábrica tem capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas de amônia e 70 mil toneladas de ureia por ano. A previsão é de início das operações em 2028, diz a estatal. Vai consumir 2,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A Petrobras diz que a análise da retomada do projeto começou em 2023, após a volta do setor de fertilizantes ao planejamento estratégico da empresa, que passou o governo Bolsonaro com maior foco na exploração do pré-sal.
O governo argumenta que o agronegócio brasileiro é grande consumidor de fertilizantes e depende de importações. O uso do gás natural para a redução da dependência externa é uma das bandeiras do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Conhecida como UFN-3, a fábrica de Três Lagoas está com mais de 80% da obra avançada. A Petrobras tentou vender a unidade durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Chegou a negociar com a russa Akron, mas as conversas foram interrompidas em 2022, após o início da guerra na Ucrânia.
É o terceiro projeto paralisado pela Lava Jato com retomada aprovada após o início do governo Lula. Primeiro, a Petrobras aprovou a conclusão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com investimento adicional de até R$ 8 bilhões.
Em setembro, informou que a conclusão da refinaria do antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) vai custar R$ 13 bilhões. A unidade industrial em Itaguaí, na região metropolitana do Rio, foi rebatizado de Complexo de Energias Boaventura).
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A retomada das operações em fertilizantes é uma das missões dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidente da estatal, Magda Chambriard. A empresa já aprovou neste ano a reabertura da Ansa (Araucária Nitrogenados SA) no Paraná.
Em nota, a Petrobras afirmou que "a decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028, teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos".
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O governo argumenta que o agronegócio brasileiro é grande consumidor de fertilizantes e depende de importações. O uso do gás natural para a redução da dependência externa é uma das bandeiras do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
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