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A pouco mais de um mês e meio da campanha de vendas Black Friday, inspirada no dia de megapromoções criado nos Estados Unidos, até os bares e restaurantes de Belo Horizonte decidiram aderir à corrida do vale-tudo para atrair clientes. Embora BH seja conhecida como a Capital dos Botecos, a participação do setor surge inusitada. Nos últimos anos de consolidação do evento, vários segmentos entraram no mutirão de promoções, mas, ainda assim, de acordo com dados de 2018 da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL/BH), a lista dos produtos mais vendidos continuou a ser liderada por eletrodomésticos, eletrônicos, calçados e roupas.
A edição deste ano da Black Friday será realizada em 29 de novembro, a última sexta-feira do mês que vem. Bem antes da data, as lojas já se preparam para oferecer os descontos nos preços. “É um dos maiores dias de venda do ano. Puxa o desempenho do comércio do mês de novembro”, diz o vice-presidente da CDL/BH, Fernando Cardoso. Ele afirma que a Black Friday passou por um período de “validação” no mercado brasileiro, e se estabeleceu nos últimos três anos.
Cardoso aponta que no começo muitos clientes reclamavam de descontos falsos, alegando que o varejo encarecia os produtos para depois anunciar as promoções. Hoje, isso não ocorre tanto mais, segundo o vice-presidente da CDL/BH. “Os consumidores estão verificando uma redução no preço mesmo.” O dirigente da CDL/BH explica que o meio de pagamento mais usado no período é o cartão crédito, já que o volume de gastos costuma ser alto.
De acordo com Cardoso, a Black Friday se diferencia de outras datas como Natal e Dia das Crianças porque os consumidores normalmente não compram para presentear. Ou seja, a tendência é que as pessoas comprem para si mesmas. A sexta-feira de promoções é um evento puramente comercial, enquanto as datas comemorativas envolvem, além dos presentes, a afetividade e uma temática.
Houve um período, segundo o comerciante, que a Black Friday chegou a “atrapalhar” as vendas do Natal, porque muitos consumidores aproveitavam para antecipar as compras de fim de ano. Porém, a entidade constatou que esse comportamento não se repetiu no último ano.
Em 2010, a Black Friday chegou ao Brasil com foco no comércio on-line. A iniciativa foi do site buscadescontos.com, que importou o conceito de cupons dos EUA. Idealizador da campanha e diretor do site blackfriday.com, Ricardo Bove diz que desde 2012 o evento cresce no país e hoje tem “grande relevância no comércio nacional”. Num dia normal de vendas, o tíquete médio no comércio eletrônico é estimado em R$ 430; no dia da Black Friday, chega a R$ 600. “Crescem tanto o volume de vendas quanto o de dinheiro”, explica.
Bove destaca que outra característica da campanha é a grande movimentação do setor de eletrônicos e eletrodomésticos. Ele avalia que esse tipo de produto é mais procurado devido ao fato de se tratar de produtos de alto valor unitário, os quais o consumidor pode esperar mais tempo para comprar. A busca por eles tende a aumentar em campanhas que oferecem descontos, Bove recomenda começar a pesquisa de preços o mais cedo possível.
A Black Friday ajudou a alavancar o setor de vendas on-line no Brasil. “Até 2015, quase 100% (das vendas) eram on-line”, diz o diretor do site. Porém, a participação do comércio tradicional na campanha aumentou desde a primeira edição da campanha. Segundo ele, a expectativa da participação em volume de vendas nas lojas físicas neste ano é de 30%. “A tendência é o físico passar o on-line, mas não por agora”, afirma.
Histórico - Uma das teorias que explicam a origem do nome Black Friday defende que era assim que os policiais da Filadélfia nos anos 1960 chamavam o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças – tradicionalmente celebrado na última quinta-feira de novembro nos EUA. O apelido de “sexta-feira negra” vinha do trânsito caótico que tomava as ruas da cidade nesse dia, quando as famílias iam em massa às compras. Antes disso, a data já era sinônimo de grande movimento no comércio, marcando o começo da temporada de compras de fim de ano. Os comerciantes viram aí a oportunidade para colocar os produtos em promoção e atrair ainda mais clientes, criando a Black Friday.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Marta Vieira
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A edição deste ano da Black Friday será realizada em 29 de novembro, a última sexta-feira do mês que vem. Bem antes da data, as lojas já se preparam para oferecer os descontos nos preços. “É um dos maiores dias de venda do ano. Puxa o desempenho do comércio do mês de novembro”, diz o vice-presidente da CDL/BH, Fernando Cardoso. Ele afirma que a Black Friday passou por um período de “validação” no mercado brasileiro, e se estabeleceu nos últimos três anos.
Cardoso aponta que no começo muitos clientes reclamavam de descontos falsos, alegando que o varejo encarecia os produtos para depois anunciar as promoções. Hoje, isso não ocorre tanto mais, segundo o vice-presidente da CDL/BH. “Os consumidores estão verificando uma redução no preço mesmo.” O dirigente da CDL/BH explica que o meio de pagamento mais usado no período é o cartão crédito, já que o volume de gastos costuma ser alto.
De acordo com Cardoso, a Black Friday se diferencia de outras datas como Natal e Dia das Crianças porque os consumidores normalmente não compram para presentear. Ou seja, a tendência é que as pessoas comprem para si mesmas. A sexta-feira de promoções é um evento puramente comercial, enquanto as datas comemorativas envolvem, além dos presentes, a afetividade e uma temática.
Houve um período, segundo o comerciante, que a Black Friday chegou a “atrapalhar” as vendas do Natal, porque muitos consumidores aproveitavam para antecipar as compras de fim de ano. Porém, a entidade constatou que esse comportamento não se repetiu no último ano.
Em 2010, a Black Friday chegou ao Brasil com foco no comércio on-line. A iniciativa foi do site buscadescontos.com, que importou o conceito de cupons dos EUA. Idealizador da campanha e diretor do site blackfriday.com, Ricardo Bove diz que desde 2012 o evento cresce no país e hoje tem “grande relevância no comércio nacional”. Num dia normal de vendas, o tíquete médio no comércio eletrônico é estimado em R$ 430; no dia da Black Friday, chega a R$ 600. “Crescem tanto o volume de vendas quanto o de dinheiro”, explica.
Bove destaca que outra característica da campanha é a grande movimentação do setor de eletrônicos e eletrodomésticos. Ele avalia que esse tipo de produto é mais procurado devido ao fato de se tratar de produtos de alto valor unitário, os quais o consumidor pode esperar mais tempo para comprar. A busca por eles tende a aumentar em campanhas que oferecem descontos, Bove recomenda começar a pesquisa de preços o mais cedo possível.
A Black Friday ajudou a alavancar o setor de vendas on-line no Brasil. “Até 2015, quase 100% (das vendas) eram on-line”, diz o diretor do site. Porém, a participação do comércio tradicional na campanha aumentou desde a primeira edição da campanha. Segundo ele, a expectativa da participação em volume de vendas nas lojas físicas neste ano é de 30%. “A tendência é o físico passar o on-line, mas não por agora”, afirma.
Histórico - Uma das teorias que explicam a origem do nome Black Friday defende que era assim que os policiais da Filadélfia nos anos 1960 chamavam o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças – tradicionalmente celebrado na última quinta-feira de novembro nos EUA. O apelido de “sexta-feira negra” vinha do trânsito caótico que tomava as ruas da cidade nesse dia, quando as famílias iam em massa às compras. Antes disso, a data já era sinônimo de grande movimento no comércio, marcando o começo da temporada de compras de fim de ano. Os comerciantes viram aí a oportunidade para colocar os produtos em promoção e atrair ainda mais clientes, criando a Black Friday.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Marta Vieira