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Imagens de arquivo de ruas vazias de Belo Horizonte durante a pandemia entrarão em cena no caso de algum integrante do grupo Galpão passar por problemas de sinal durante a transmissão da peça virtual “Histórias do Confinamento”, com estreia nesta sexta-feira.
Mais do que uma solução para possíveis imprevistos tecnológicos, estas cenas ajudam a contar a história de várias pessoas confinadas que atenderam ao chamado do Galpão para enviarem relatos curtos, reais ou ficcionais, sobre a experiência de ficar dentro de casa por mais de sete meses.
“A peça já contaria com estas sequências, que ajudam a mostrar a passagem de tempo e servem como contraposição do ambiente privado, em que as pessoas estão aprisionadas, enquanto o ambiente público é esvaziado”, assinala o diretor e ator Eduardo Moreira.
Ele divide a direção com a esposa Inês Peixoto e o designer e videomaker Thiago Sacramento, responsável por fazer a edição ao vivo da peça. Oito integrantes da companhia se revezam nos relatos, com cada um se apresentando de casa. “A geografia do privado está presente em todas as histórias”, destaca Moreira.
Não se trata de uma simples leitura feita no conforto do lar, é bom deixar claro. Embora não usem equipamentos profissionais de captação de imagens, há um cuidado que vai da luz e do cenário ao figurino, passando pelos enquadramentos. “Tem toda uma elaboração, mas que passa pelo doméstico”.
Moreira não nega o parentesco de nova peça com “Pequenos Milagres”, de 2003. Tanto lá como aqui a trupe saiu em busca de tramas autênticas enviadas por pessoas comuns. “O resultado foi bastante surpreendente, com o recebimento de 478 histórias, em geral de qualidade boa”.
Cômico e poético
Na campanha, o Galpão sinalizou, além do tema, que não se ultrapassasse uma página no relato, “para termos um tempo de mergulharmos neste material”. O que liga todos eles é, de acordo com Moreira, o fato de os atores estarem atuando sozinhos. “Tem de tudo, desde um registro mais cômico ao poético”.
O potencial para “Histórias de Confinamento” se transformar em outro produto é muito grande, especialmente um filme. “Assim como ‘Éramos Bando’, que também fizemos neste formato, está muito ligado à coisa do audiovisual, como uma crônica do que estamos vivendo”.
Moreira já revela um certo enfado com lives e não vê a hora de “fazer qualquer coisa presencial”, mas garante que retornar ao palco para apresentações com público presente ainda não está no horizonte do Galpão. “Além de ter mais idade, o público de teatro é mais consciencioso”.
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Ele divide a direção com a esposa Inês Peixoto e o designer e videomaker Thiago Sacramento, responsável por fazer a edição ao vivo da peça. Oito integrantes da companhia se revezam nos relatos, com cada um se apresentando de casa. “A geografia do privado está presente em todas as histórias”, destaca Moreira.
Não se trata de uma simples leitura feita no conforto do lar, é bom deixar claro. Embora não usem equipamentos profissionais de captação de imagens, há um cuidado que vai da luz e do cenário ao figurino, passando pelos enquadramentos. “Tem toda uma elaboração, mas que passa pelo doméstico”.
Moreira não nega o parentesco de nova peça com “Pequenos Milagres”, de 2003. Tanto lá como aqui a trupe saiu em busca de tramas autênticas enviadas por pessoas comuns. “O resultado foi bastante surpreendente, com o recebimento de 478 histórias, em geral de qualidade boa”.
Cômico e poético
Na campanha, o Galpão sinalizou, além do tema, que não se ultrapassasse uma página no relato, “para termos um tempo de mergulharmos neste material”. O que liga todos eles é, de acordo com Moreira, o fato de os atores estarem atuando sozinhos. “Tem de tudo, desde um registro mais cômico ao poético”.
O potencial para “Histórias de Confinamento” se transformar em outro produto é muito grande, especialmente um filme. “Assim como ‘Éramos Bando’, que também fizemos neste formato, está muito ligado à coisa do audiovisual, como uma crônica do que estamos vivendo”.
Moreira já revela um certo enfado com lives e não vê a hora de “fazer qualquer coisa presencial”, mas garante que retornar ao palco para apresentações com público presente ainda não está no horizonte do Galpão. “Além de ter mais idade, o público de teatro é mais consciencioso”.