Um dos assuntos sempre presentes na pauta cotidiana de conversas com pessoas mais próximas acaba tendo ligações com a saúde em suas várias variáveis. Afinal de contas, saúde é sempre uma preocupação e deveria ter prioridade numa vida que só dá uma safra.
Recentemente ouvi alguns casos da oftalmologia ligados ao diagnóstico de catarata e prognóstico de cirurgia para resolver o problema.
Segundo o Glossário de Saúde do Eistein: “a catarata é marcada pela perda progressiva da transparência do cristalino, uma espécie de lente natural dos olhos. O principal sintoma é o embaçamento da visão, que dificulta e até impossibilita as tarefas do dia a dia. Em fases avançadas, o indivíduo chega ao ponto de enxergar apenas vultos e luzes. O envelhecimento é a principal causa. Infecções nos olhos, diabetes, tabagismo e exposição excessiva à luz solar sem proteção estão entre os fatores de risco. Para diagnosticar a catarata, o médico pode usar um instrumento chamado oftalmoscópio, que analisa se há opacidade no cristalino. O tratamento envolve cirurgias, que hoje muitas vezes usam laser para ajudar a remover a região afetada do cristalino e trocá-la por uma lente artificial. Óculos e lentes de contato podem ser prescritos em certos casos.”
O que mais chamou minha atenção recentemente foi o caso de uma pessoa amiga que está sentindo um sutil desconforto em relação à sua acuidade visual, mesmo usando óculos de grau há mais de três décadas. Ela disse que conseguiu marcar uma consulta com um oftalmologista credenciado por seu plano de saúde, mas que cobrou pagamento de R$500 pela primeira consulta com agendamento imediato.
Feitos os procedimentos previstos no protocolo – padrão – o profissional diagnosticou a presença de catarata e a necessidade de cirurgia em ambos os olhos, um a cada 15 dias, com a implantação de lentes importadas não cobertas pelo plano de saúde. Disse que ele mesmo providenciaria as lentes que custariam R$8.000,00 a unidade para pagamento à vista.
Imediatamente, entrou no sistema do plano de saúde para a emissão das guias dos exames laboratoriais previstos no risco cirúrgico e também reservou duas datas na sala de cirurgia da clínica em que é associado. Foi tudo muito rápido e intenso até que a cliente, geralmente chamada de paciente, conseguisse falar e ser ouvida. Ela disse ao profissional que não tomaria a decisão naquele momento, em tempo real, no calor da consulta e solicitou um prazo indeterminado para melhor analisar o que foi proposto e tomar uma decisão. Era visível a decepção do oftalmologista de aparentes 45 anos de idade. A imagem do corpo que fala era a de que uma oportunidade de negócio foi perdida e que a meta de faturamento do mês ficou comprometida.
O jeito foi procurar uma segunda opinião e, nesse sentido, a amiga já marcou uma consulta com outro profissional de seu plano de saúde, que não cobra nenhum adicional particular, já agendada para o dia 29 de agosto, portanto, terá que esperar mais 39 dias.
E você, caro leitor, já passou por alguma situação semelhante a essa?
Aguardemos os próximos capítulos!