Apesar de ter se calado nos últimos meses sobre a sua intenção – para preservar o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, seu principal trunfo – o presidente Jair Bolsonaro dá como certa, no Palácio, a troca do diretor-geral da Polícia Federal. Caso seu padrinho, ministro Moro, não consiga segurá-lo mais no cargo, a saída do DG Delegado Maurício Valeixo deve ser concretizada ainda no primeiro bimestre de 2020. O mais cotado é o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, o delegado Anderson Torres – ex-chefe de gabinete do ex-deputado federal Fernando Francischini, um delegado aposentado e bolsonarista próximo do presidente.
Tão perto..
O delegado Torres aproximou-se também dos filhos do presidente Bolsonaro e tem boa interlocução com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.
.. tão longe
Valeixo se segura como pode no cargo, controlando também um cenário corporativo delicado, de seu grupo que demanda ascensão na PF, mas é bloqueado pelo Palácio.
PRONA com Jair
O PRONA renasce como aliado do Governo Bolsonaro. Mas longe de ser um partido bolsonarista. O saudoso Enéas Carneiro, aliás, era amigo do então deputado Jair. E afinados na linha conservadora.
Alvo um
Deputados e senadores querem convidar o CEO da Neoway, Carlos Eduardo Monguilhott, para falar na CPI das Fake News sobre a contratação do procurador Deltan Dallagnol para proferir uma palestra em um evento da empresa. A Neoway passou a ser investigada pela Lava Jato ao ser citada na delação do lobista Jorge Luz, ligado ao MDB
Alvo dois
Monguilhott, braço direito do fundador afastado da Neoway Jaime de Paula, era o responsável pelos pagamentos da empresa e pelo referido evento. O PT quer detalhes da contratação de Dallagnol. E o Governo quer saber como se dava a relação da empresa com o lobista Jorge Luz, o PT e com o ex-deputado Vaccari.
Defesa
Alvo de investigação no Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador Dallganol tem se defendido nestes casos com argumentos de que não há relação de suas palestras com a operação.
Apoio do Nordeste
A despeito de não ter votação expressiva no Estado, o presidente Bolsonaro tem ganhando, aos poucos, o apoio de parlamentares de Pernambuco. Da bancada, os deputados Raul Henry (MDB), Felipe Carreras (PSB) e Daniel Coelho (Cidadania) votaram a favor do veto do presidente para não aumentar em 30% as verbas do fundo eleitoral. É pouco apoio, mas já é alguma coisa.
Líder
No senado, o (ainda) líder do Governo Fernando Bezerra Coelho (MDB) votou a favor. Acompanhou seu voto o senador Humberto Costa (PT). Jarbas Vasconcelos (MDB) se recupera de uma cirurgia, e não compareceu.
Saúde!
Aliás, o senador Jarbas, dos poucos de bom trânsito suprapartidário, recuperou-se de uma doença grave e tem recebido ligações de vários parlamentares. Inclusive do Palácio.
Luta dos Conselhos
A direção do Conselho Federal de Química e seus 21 Conselhos Regionais entraram em peso no lobby contra a PEC 108/2019 – que desmonta os conselhos profissionais no País, ao desobrigar o registro. A diretoria do Sistema CFQ/CRQs participa na quarta de audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.
Campanha começou
Mal o bilionário das comunicações Michael Bloomberg cravou que pretende ser o candidato democrata a presidente dos Estados Unidos contra Donald Trump (Republicanos), surgem e-mails com pedidos de doações para a campanha. O editor recebeu um, no sábado, de suposto membro do comitê democrata americano. Uma fonte ainda confirma se é verídico ou estelionato.