CORONAVÍRUS


Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (27/2) para atualizar os números de casos de coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que durante a licitação para adquirir equipamentos de proteção individual extras para abastecer estados e municípios brasileiros, a pasta encontrou problemas em relação a aquisição de máscaras e aventais. 

Segundo o secretário-executivo, João Gabbardo, algumas empresas que participaram da licitação, anunciada pela pasta, não encaminharam os documentos e se mostraram “desinteressadas” em vender para o Ministério da Saúde. “Estamos com problemas em relação aos aventais e máscaras. Os produtores de máscaras, item que mais nos preocupa, venderam os produtos que tinham e muitos deles não venderam também a sua produção, ou seja, o que podem produzir nos próximos 60 dias”, explicou.


Por isso, o ministério se declarou preocupado e marcou uma reunião com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO) pela manhã desta sexta-feira (28/2). “Isso é uma coisa que nos preocupa muito. Vamos usar todas as medidas que a legislação nos permitir. Se for necessário, vamos impedir a exportação desses produtos e vamos solicitar à Justiça a apreensão desses produtos na própria fábrica”, afirmou Gabbardo. 


Gabbardo reforçou que não há falta de nenhum equipamento de proteção individual nas secretarias de saúde e afirmou que a quantidade de máscaras que seriam compradas é de cerca de 20 milhões de unidades e 4 milhões de máscaras modelo N95.


O secretário disse que pretende resolver o problema ainda na reunião desta sexta. “Tenho convicção de que não vamos precisar usar esses instrumentos para adquirir esses produtos”, avaliou. Quanto aos medicamentos que são relacionados ao coronavírus, Gabbardo afirma que não há nenhuma preocupação. “O antiviral que é usado para influenza temos um quantitativo para atender todo o ano de 2020”, disse. O secretário também não vislumbra problemas com a aquisição de álcool em gel.