Brasília - As cidades brasileiras começam a sentir as consequências da saída dos cubanos que atuavam no programa Mais Médicos. Filas e atrasos se tornaram comuns e, em alguns postos, não há médicos para realizar as consultas. Os problemas se alastram em pelo menos 12 estados. São Paulo, Itapecerica da Serra (SP), Matão (SP), Ponta Grossa (PR), Novo Hamburgo (RS), São Leopoldo (RS), Gravataí (RS), Cruzeiro do Sul (AC), Campinas (SP), São Miguel Arcanjo (SP) e Uberaba (MG) têm unidades de saúde sem médico.
A reportagem do site G1 destaca que "em Goiás, há 153 cidades com médicos contratados pelo Mais Médicos, sendo que em 94 há cubanos atendendo. Em 24,83% delas, ou seja, 38 municípios, há apenas profissionais do país caribenho no programa do governo federal, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde".
E relata os casos mais graves: "em Matão (SP), na USF do bairro Cadioli, três médicos cubanos são responsáveis pelo atendimento de cerca de 20 pacientes por período. Mas, nesta quarta-feira, a sala de espera e os consultórios foram encontrados vazios".
A matéria ainda informa que os "profissionais cubanos que estavam em cidades do Paraná e do Rio Grande do Sul disseram que receberam um comunicado do governo cubano cancelando imediatamente os atendimentos dos médicos intercambistas no Brasil. A saída do Mais Médicos foi anunciada no dia 14 de novembro pelo governo cubano, sem informar até quando os médicos atuariam no programa. A previsão da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) é de que todos voltem para Cuba até 12 de dezembro."