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Esses dados revelam que no atual momento para se derrotar um candidato de direita como Bolsonaro no Brasil seria necessária uma união de toda a esquerda e de todo o centro. E mesmo assim a disputa seria muito dura. A esquerda mais o centro resultariam em 50,6%. Só a soma da direita com a centro-direita somam 49,4%.
Mais idoso, mais de direita
A pesquisa também revela que os homens são mais de direita que as mulheres. E que quanto mais idoso o brasileiro, mais conservador.
Entre os homens 43,5% se dizem de direita, enquanto entre as mulheres são 38,4%. De centro-direita, são 8,9% de homens e 8,3% de mulheres. No centro, a proporção é quase a mesma. 30,1% de mulheres e 29,6% de homens. À esquerda a proporção de mulheres é bem maior, 16,5% contra 10,3% de homens. E na centro-esquerda os números são semelhantes, 7,2% para ambos os gêneros.
Entre as faixas etárias, o destaque fica para entre os mais jovens (16 a 24 anos) 21,6% dos brasileiros se afirmarem de esquerda e 6,4% de centro-esquerda, que somados resultam quase na mesma porcentagem dos de centro, 29,5%. Mesmo nesta faixa onde os índices de esquerda sobem, a direita ainda é majoritária, 30,8%. E os de centro-direita, 11,8%.
Entre os mais idosos os eleitores de esquerda vão sumindo. E os de direita aumentando. A proporção de eleitores de esquerda x direita, é de praticamente 4 para 1 eleitor, dos que têm 45 anos para mais.
Mais pobres são mais de esquerda
Entre os que ganham até 2 salários mínimos 18,7% se afirmam de esquerda. É o maior índice de esquerda entre as faixas salariais. Mas mesmo nela, os que se afirmam de direita resultam numa porcentagem bem maior, 40,8%.
Nos votos regionais, os melhores índices da esquerda estão no Centro-Oeste, 17%, e no Nordeste, 16,8%. No Centro-Oeste, porém, 44,1% se dizem de direita. No Nordeste esta porcentagem é menor, 36,4%.
Pesquisa inova com metodologia
A 3ª Pesquisa Fórum foi realizada entre os dias 10 e 13 de junho e ouviu 1000 pessoas de todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. O método utilizado é o de painel online e a coleta de informações respeita o percentual da população brasileira nas diferentes faixas e segmentos.
O consultor técnico da Pesquisa Fórum, Wilson Molinari, explica que os painelistas são pessoas recrutadas para responderem pesquisas de forma online. A empresa que realiza a pesquisa, a Offerwise, conta com aproximadamente 1.200.000 potenciais respondentes no Brasil. “A grande vantagem é que o respondente já foi recrutado e aceitou participar e ser remunerado pelas respostas nos estudos que tenha interesse e/ou perfil para participar. No caso da Pesquisa Fórum, por ser de opinião, não existia perfil de consumidor restrito, como, por exemplo, ter conta em determinado banco, ou possuir o celular da marca X. O mais importante era manter a representatividade da população brasileira, tais como, gênero, idade, escolaridade, região, renda, etc.”
Molinari registra que pesquisas feitas em ruas ou nos domicílios costumam ter margem de erro menor. “Porém sabemos que 90% da população brasileira possui acesso à telefonia celular e, especificamente na situação de quarentena que estamos vivendo, o método online é mais seguro do que o pessoal e sempre é menos invasivo que o telefônico”, sustenta.
Pouco usado para pesquisas de opinião no Brasil, os painéis online são adotados como método de pesquisa no mundo todo, segundo Molinari. E regulamentados pelas principais associações de pesquisa. “Os painéis hoje são amplamente utilizados para pesquisas de satisfação, imagem de marca, qualidade de produtos e serviços, opinião, etc”, acrescenta.
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Esses dados revelam que no atual momento para se derrotar um candidato de direita como Bolsonaro no Brasil seria necessária uma união de toda a esquerda e de todo o centro. E mesmo assim a disputa seria muito dura. A esquerda mais o centro resultariam em 50,6%. Só a soma da direita com a centro-direita somam 49,4%.
Mais idoso, mais de direita
A pesquisa também revela que os homens são mais de direita que as mulheres. E que quanto mais idoso o brasileiro, mais conservador.
Entre os homens 43,5% se dizem de direita, enquanto entre as mulheres são 38,4%. De centro-direita, são 8,9% de homens e 8,3% de mulheres. No centro, a proporção é quase a mesma. 30,1% de mulheres e 29,6% de homens. À esquerda a proporção de mulheres é bem maior, 16,5% contra 10,3% de homens. E na centro-esquerda os números são semelhantes, 7,2% para ambos os gêneros.
Entre as faixas etárias, o destaque fica para entre os mais jovens (16 a 24 anos) 21,6% dos brasileiros se afirmarem de esquerda e 6,4% de centro-esquerda, que somados resultam quase na mesma porcentagem dos de centro, 29,5%. Mesmo nesta faixa onde os índices de esquerda sobem, a direita ainda é majoritária, 30,8%. E os de centro-direita, 11,8%.
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Mais pobres são mais de esquerda
Entre os que ganham até 2 salários mínimos 18,7% se afirmam de esquerda. É o maior índice de esquerda entre as faixas salariais. Mas mesmo nela, os que se afirmam de direita resultam numa porcentagem bem maior, 40,8%.
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Pesquisa inova com metodologia
A 3ª Pesquisa Fórum foi realizada entre os dias 10 e 13 de junho e ouviu 1000 pessoas de todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. O método utilizado é o de painel online e a coleta de informações respeita o percentual da população brasileira nas diferentes faixas e segmentos.
O consultor técnico da Pesquisa Fórum, Wilson Molinari, explica que os painelistas são pessoas recrutadas para responderem pesquisas de forma online. A empresa que realiza a pesquisa, a Offerwise, conta com aproximadamente 1.200.000 potenciais respondentes no Brasil. “A grande vantagem é que o respondente já foi recrutado e aceitou participar e ser remunerado pelas respostas nos estudos que tenha interesse e/ou perfil para participar. No caso da Pesquisa Fórum, por ser de opinião, não existia perfil de consumidor restrito, como, por exemplo, ter conta em determinado banco, ou possuir o celular da marca X. O mais importante era manter a representatividade da população brasileira, tais como, gênero, idade, escolaridade, região, renda, etc.”
Molinari registra que pesquisas feitas em ruas ou nos domicílios costumam ter margem de erro menor. “Porém sabemos que 90% da população brasileira possui acesso à telefonia celular e, especificamente na situação de quarentena que estamos vivendo, o método online é mais seguro do que o pessoal e sempre é menos invasivo que o telefônico”, sustenta.
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