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Por meio de áudio, fornecido pela Repórter Brasil, o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar (DEM), afirma ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que o incêndio em Alter do Chão foi planejado por "gente tocando fogo para depois fazer loteamento, vender terreno", e ainda segundo o prefeito essas pessoas contam com a ajuda de policiais. Estas informações são do site UOL.
Durante a gravação, Aguiar diz que "tem policial por trás, o povo lá anda armado" e pede a intervenção da Polícia Militar para "identificar esses criminosos". Ainda de acordo com o UOL, o contato foi feito no dia em que um incêndio de grandes proporções atingiu a Área de Proteção Ambiental de Alter, em 15 de setembro.
Leia a fala do prefeito completa:
"Governador, bom dia. A Sema (Secretária Municipal de Meio Ambiente) municipal já tá envolvida, mas essa área é uma área de invasores, [ininteligível] Tem policial por trás, o povo lá anda armado, o bombeiro só tá com a brigada, o bombeiro não tá indo lá, já falei pro Coronel Tito que precisa ir o bombeiro e combater o fogo, logo, imediatamente, tá muito seco, muito sol e a Polícia Militar, a companhia ambiental, tem que ir junto, armada, para identificar esses criminosos, isso é gente tocando fogo para depois querer fazer loteamento, vender terreno, prender uns líderes desses, esses criminosos aí e acabar com essa situação, mas a gente precisa de apoio do Corpo de Bombeiros?"
Procurado pela Repórter Brasil neste domingo (1º), Aguiar confirma o envio do áudio a Barbalho e diz que "o governo respondeu prontamente, ainda pela manhã do domingo [15 de setembro], quando estava ocorrendo o incêndio. Chegou Polícia Militar, chegou Corpo de Bombeiros e à tarde chegaram soldados do Exército". Entretanto o prefeito, acrescenta que, como prefeito, não pode fazer prejulgamento e nem dizer quem é culpado pelo incêndio, já que isso é um papel da polícia ou da Justiça.
"Não afirmei que alguém teria tocado fogo no áudio que mandei para o governador, falei que é uma área de conflito desde 2015 e que tem uma pessoa foragida. Uma área perigosa, uma área de conflito e que a suspeita do incêndio era criminoso. Eu não sou polícia, sou prefeito, não tenho poder de investigação nem de mandar na polícia", afirmou.
Brigadistas
"Fui o primeiro a chegar na área, encontrei os brigadistas, estavam só eles, umas 10 pessoas. E fomos lá ver se estavam precisando de ajuda, e acionei todo mundo para ajudá-los, sempre mantendo informado o governador, mandando áudios para ele."
O prefeito explica que pediu para que a Polícia Federal e Civil investigassem a grilagem de terras e a especulação imobiliária em Alter do Chão. Procurado, o governador Helder Barbalho não confirmou o recebimento do áudio de Aguiar.
A prisão dos brigadistas gerou reações de organizações da sociedade civil e também de autoridades. Dois dias após a prisão, o governador do Estado trocou o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso e o Ministério Público pediu acesso ao inquérito.
Grileiro
A investigação do MPF mostra que os incêndios teriam começado em área invadida pelo grileiro Silas da Silva Soares, condenado pela Justiça Federal em 2018 e atualmente foragido. Ele foi condenado a seis anos e dez meses de prisão, e também além recebeu uma multa por instalar um loteamento urbano privado e promover desmatamento ilegal na região do Lago Verde.
Além da denúncia criminal contra o grileiro, tramita um processo civil iniciado pelo Ministério Público do Estado do Pará e enviado à Justiça Federal para obrigar a Prefeitura de Santarém a fiscalizar e evitar a instalação de ocupações irregulares nas margens do Lago Verde.
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Durante a gravação, Aguiar diz que "tem policial por trás, o povo lá anda armado" e pede a intervenção da Polícia Militar para "identificar esses criminosos". Ainda de acordo com o UOL, o contato foi feito no dia em que um incêndio de grandes proporções atingiu a Área de Proteção Ambiental de Alter, em 15 de setembro.
Leia a fala do prefeito completa:
"Governador, bom dia. A Sema (Secretária Municipal de Meio Ambiente) municipal já tá envolvida, mas essa área é uma área de invasores, [ininteligível] Tem policial por trás, o povo lá anda armado, o bombeiro só tá com a brigada, o bombeiro não tá indo lá, já falei pro Coronel Tito que precisa ir o bombeiro e combater o fogo, logo, imediatamente, tá muito seco, muito sol e a Polícia Militar, a companhia ambiental, tem que ir junto, armada, para identificar esses criminosos, isso é gente tocando fogo para depois querer fazer loteamento, vender terreno, prender uns líderes desses, esses criminosos aí e acabar com essa situação, mas a gente precisa de apoio do Corpo de Bombeiros?"
Procurado pela Repórter Brasil neste domingo (1º), Aguiar confirma o envio do áudio a Barbalho e diz que "o governo respondeu prontamente, ainda pela manhã do domingo [15 de setembro], quando estava ocorrendo o incêndio. Chegou Polícia Militar, chegou Corpo de Bombeiros e à tarde chegaram soldados do Exército". Entretanto o prefeito, acrescenta que, como prefeito, não pode fazer prejulgamento e nem dizer quem é culpado pelo incêndio, já que isso é um papel da polícia ou da Justiça.
"Não afirmei que alguém teria tocado fogo no áudio que mandei para o governador, falei que é uma área de conflito desde 2015 e que tem uma pessoa foragida. Uma área perigosa, uma área de conflito e que a suspeita do incêndio era criminoso. Eu não sou polícia, sou prefeito, não tenho poder de investigação nem de mandar na polícia", afirmou.
Brigadistas
"Fui o primeiro a chegar na área, encontrei os brigadistas, estavam só eles, umas 10 pessoas. E fomos lá ver se estavam precisando de ajuda, e acionei todo mundo para ajudá-los, sempre mantendo informado o governador, mandando áudios para ele."
O prefeito explica que pediu para que a Polícia Federal e Civil investigassem a grilagem de terras e a especulação imobiliária em Alter do Chão. Procurado, o governador Helder Barbalho não confirmou o recebimento do áudio de Aguiar.
A prisão dos brigadistas gerou reações de organizações da sociedade civil e também de autoridades. Dois dias após a prisão, o governador do Estado trocou o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso e o Ministério Público pediu acesso ao inquérito.
Grileiro
A investigação do MPF mostra que os incêndios teriam começado em área invadida pelo grileiro Silas da Silva Soares, condenado pela Justiça Federal em 2018 e atualmente foragido. Ele foi condenado a seis anos e dez meses de prisão, e também além recebeu uma multa por instalar um loteamento urbano privado e promover desmatamento ilegal na região do Lago Verde.
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