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“A dinâmica de pagar mais e usar menos que predominava no período anterior ao Covid-19 foi abalada em 2022 e 2023, quando os indivíduos voltaram a procurar exames de rotina ou acompanhamentos mais constantes para lidar com as consequências pandêmicas”, explica a especialista Karina Santos, que intermedia fechamentos com os planos. “Essa mudança parece estar penalizando as clínicas, particularmente na Bahia, onde diversas estão sendo descredenciadas para a realização de exames”, conclui a profissional.
Riviane Rosales, 47 anos, tentou o exame de ultrassonografia em uma clínica baiana que preferiu não se pronunciar, e teve a solicitação barrada pelo plano de saúde. “Foram cortados exames de ultrassonografia, checagens vasculares e outros processos que são tão básicos para diagnósticos eficientes. Um absurdo”, desabafa. A paciente relata, ainda, que quando tenta ligar para fazer a queixa, enfrenta burocracias. “Eles jogam de uma pessoa para outra na ligação, e o paciente acaba desistindo”, exclama.
A situação se assemelha em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar, responsável pela fiscalização dos planos de saúde, os registros de reclamações apresentaram um aumento significativo nos últimos anos. Em 2020, foram documentadas mais de 12 mil queixas, número que cresceu para quase 16 mil em 2021 e ultrapassou os 25 mil em 2022. A tendência de elevação persistiu em 2023, alcançando mais de 13 mil reclamações até o mês de maio.
O desmarque frequente de exames no sistema de saúde tem gerado críticas de pacientes, que enfrentam dificuldades para reagendar e falta de suporte adequado. A soteropolitana Reidma Lima expressou sua indignação, afirmando: "É inaceitável a forma como estamos sendo tratados. Marcamos nossos exames com antecedência, e eles são desmarcados sem aviso prévio. Quando tentamos buscar ajuda, a resposta é evasiva e pouco esclarecedora. Estamos lidando com nossa saúde aqui, e merecemos mais respeito e consideração".
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Riviane Rosales, 47 anos, tentou o exame de ultrassonografia em uma clínica baiana que preferiu não se pronunciar, e teve a solicitação barrada pelo plano de saúde. “Foram cortados exames de ultrassonografia, checagens vasculares e outros processos que são tão básicos para diagnósticos eficientes. Um absurdo”, desabafa. A paciente relata, ainda, que quando tenta ligar para fazer a queixa, enfrenta burocracias. “Eles jogam de uma pessoa para outra na ligação, e o paciente acaba desistindo”, exclama.
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