IMPÁVIDO COLOSSO

A Polícia Federal deflagrou a Operação Impávido Colosso, na manhã desta quinta-feira (30), para levantar provas em inquérito sobre o financiamento e a organização de atos desencadeados no Ceará logo após as urnas confirmarem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na corrida à Presidência da República em 2022.

A investigação da PF apontou, com troca de informações com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Ceará, os líderes, financiadores e organizadores do apoio logístico de manifestação contra instituições democráticas ocorrida na BR-116, em Fortaleza (CE), entre 31 de outubro e 2 de novembro, bem como de manifestação posterior ocorrida na Avenida Alberto Nepomuceno, no centro de Fortaleza.

“As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais, com penas de até três anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido”, diz nota da PF.

Os alvos da “Operação Impávido Colosso” –  remete a trecho do hino nacional – são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula. Assim como no Ceará, houve uma onda de fechamento de rodovias pelo país assim que o resultado das urnas apontou a vitória do petista.

Após a PRF coibir as interrupções das estradas por ordem da Justiça, os bolsonaristas migraram para os entornos de quartéis do Exército, onde montaram acampamentos pedindo intervenção militar.

Cerca de 140 agentes cumprem 32 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 12ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza (CE), Maracanaú (CE), Itaitinga (CE), Caucaia (CE), Pacajus (CE), Tauá (CE), Brejo Santo (CE), Imperatriz (MA) e Condor (RS). 

“As investigações continuam para delimitação da autoria dos crimes, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos”, ressalta a PF.